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Ao que tudo indica, neste carnaval os blocos do secretário regional do Baixo Amazonas, José Maria Tapajós, e o do governador Helder Barbalho vão brincar separados. O adiamento por três vezes da filiação de Zé Maria ao MDB para disputar a prefeitura de Santarém já sinalizava pissica (no dia 29 de dezembro estava tudo pronto, cadeiras, buffet, etc., e em cima da hora Helder desmarcou). Era para o caboclo se abicorar. Mas diz que começou uma briga intestina para ver quem manda mais no grupo: o prefeito Nélio Aguiar, o deputado federal Henderson Pinto, e o ex-prefeito, ex-deputado estadual e ex-ex-federal e eminência parda da Prefeitura de Santarém, Joaquim de Lira Maia. Agora, Zé Maria acaba de festejar nas redes sociais o apoio do senador Zequinha Marinho. Um verdadeiro tiro no pé, porque o governador deve ter ficado furioso e é bem provável que a tal filiação tenha levado o farelo.

Enquanto isso, a deputada Maria do Carmo Martins Lima, aproveitando que é vice-líder do Governo na Alepa, vem tomando o mingau pelas bordas. Ontem mesmo ela reuniu com o poderoso Chefe da Casa Civil da Governadoria, Luiziel Guedes, e hoje (17) está com o senador Beto Faro. Bem posicionada nas pesquisas desde o ano passado, polarizando com o vereador JK, que é apoiado pelos deputados federais delegados Eder Mauro e Caveira, Maria já costurou o apoio dos deputados estaduais, federais, do senador e de toda a direção nacional do PT; do presidente Lula e dos ministros Padilha, Márcio Macêdo e André Ceciliano. Também angariou apoio da Federação e de lideranças de vários partidos como MDB e PSD.

O apoio de Zequinha Marinho a Zé Maria Tapajós nada acrescentou, porque a votação dele foi pífia na região. Em Santarém nem os evangélicos votaram nele. Os sojeiros bolsonaristas estão com JK e alguns inclusive conversam com Maria do Carmo, que apesar de filiada ao PT sempre manteve bom relacionamento com a direita, notadamente os empresários que financiam campanhas.

De modo que a situação de Zé Maria não é confortável, diante da orientação principal do governador, que é evitar que bolsonaristas sejam eleitos prefeitos. E a Maria segue nas conversas, não descarta que Helder dê o seu aval a ela logo no primeiro turno.

Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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