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O Fórum Regional de Desenvolvimento Econômico e Socioambiental da Transamazônica e Xingu (Fort Xingu) já tem em mãos uma peça judicial pronta para acionar no Judiciário e impedir que o consórcio Norte Energia crie um enclave (vilas isoladas, sem integração com o comércio da cidade e a comunidade local) para os funcionários graduados que trabalham na obra da UHE-Belo Monte. A obrigação do consórcio, por contrato, é construir as residências em perímetro que não ultrapasse 3 Km do centro. A entidade quer a usina, mas não guetos e os desastres sociais já vistos em outros empreendimentos do tipo.
 

A inflação imobiliária desenfreada já contaminou o valor dos imóveis para aluguel e turbinou o preço do metro quadrado na região que, há um ano, custava R$ 20. Agora é R$ 100, R$ 150. Há áreas em que chega a R$ 200. Os hotéis estão entupidos. O valor do aluguel de um quitinete bem localizado, próximo ao centro da cidade, já chega a R$ 2,7 mil por mês.

E os empreendedores ainda nem sabem onde reassentar 20 mil pessoas que serão removidas dos locais onde vivem por causa das inundações que a represa do Xingu irá provocar.
 

Pelos cálculos do Fort Xingu, de janeiro até agora 5 mil pessoas já se mudaram para a região de Altamira, que tem 105 mil habitantes.

Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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