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Neste domingo (9) a retomada do Fórum Landi traz a instalação Atlas Imaginário, Belém do Pará, projeto da arquiteta e artista multimídia brasiliense Gabriela Bilá, que coloca Belém no centro das discussões climáticas, prevendo como a cidade estará daqui a cem anos. Contemplada na edição 2024-2025 do programa Rumos Itaú Cultural, proporciona um percurso interativo e contemplativo, que funde cidade e natureza.

Atlas Imaginário, Belém do Pará mescla urbanismo, cinema e mídias digitais para reinventar e refletir sobre a presença humana na biosfera, tendo como ponto de partida o século XXI e levando em consideração questões da crise climática como o aquecimento global, em evidência com a COP30.

Uma barqueira, interpretada pela cantora e compositora Iris da Selva, guia um conteúdo digital em 3D que é projetado em uma das paredes do espaço em looping, conduzindo travessias por cidades-cardume, florestas biossintéticas, mercados de seca e chuva e aparelhagens robóticas – mundos que são ao mesmo tempo utópicos, distópicos e fantásticos.

O visitante, por sua vez, é quem dá a direção a este passeio, manuseando uma grande cabeça de cestaria suspensa em frente à projeção. Com quatro faces que remetem à geometria das cerâmicas marajoaras, ela funciona como leme, dando caminhos, causando turbulências nas imagens e alterando a direção dos futuros ali representados.

Também compõe a instalação uma grande maquete feita de miriti, confeccionada por Marcelo Vaz, que também fica suspensa no espaço expositivo, como uma espécie de peixe-cidade, que flutua pelas águas de Belém. Criaturas diversas e de tamanhos diferentes carregam partes da cidade, remetendo a uma Belém futura que se transformou em ilhas devido ao aumento do nível do mar.

Um painel gráfico conta a história do projeto. Com ilustrações e textos curtos, ali a artista aprofunda de forma mais lúdica os temas urbanos abordados na instalação.

O artista visual e stylist Labö Young assina o figurino. Leo Chermont, a trilha sonora; Luan Rodrigues nas filmagens; Victoria Machado, a assinatura aromática; Jean Petra, o trabalho em 3D; Natasha Leite, a iluminação; e Juca Culatra a produção.

Outras duas exposições estão no mesmo local. Uma delas é uma grande maquete física do centro histórico de Belém, produzida pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFPA, que narra o passado colonial e o presente da cidade. A outra é uma urna marajoara do Museu Paraense Emílio Goeldi, que evoca a ancestralidade da região.

O Fórum Landi é um espaço de extensão, ensino e pesquisa da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Pará. O equipamento, dedicado à preservação do Centro Histórico de Belém e das obras do Arquiteto Antônio José Landi, passou por reforma e requalificação.

A primeira etapa dos trabalhos, fruto de parceria entre a UFPA, o Instituto Pedra, o Instituto Cultural Vale e Transpetro, com patrocínio via Lei de Incentivo à Cultura, contemplou a restauração do auditório, espaços expositivos e salas administrativas, parte da cobertura, e novas instalações elétricas, de climatização e hidráulicas, além da adequação de acessos e circulação, garantindo acessibilidade universal. As esquadrias da fachada também foram restauradas e conectam o prédio à Praça do Carmo.

As etapas seguintes, em fase de captação de novos recursos, preveem a restauração integral da fachada do edifício, a complementação da exposição da maquete do Centro Histórico de Belém com novos recursos multimídia e a construção de um prédio anexo com píer em madeira, que conectará o Fórum Landi UFPA ao rio Guamá.

Ficha técnica / Atlas Imaginário:

Direção e Criação Atlas Imaginário

Direção: Gabriela Bilá e Diogo Costa Pinto

Pesquisa e desenvolvimento: MIT Media Lab – City Science Center e Quanta

Produção executiva: HiperEspaço

Colaboração artística:

A instalação é fruto de um processo coletivo, criada a muitas mãos com os artistas:

Clara Luna, Dimitre Lima, Iris da Selva, Jean Petra, Jonny Cohen, Juca Culatra, Labö Young, Leo Chermont, Lucas de Jesus, Luan Rodrigues, Marcelo Vaz Dimiriti, Natasha Leita, Ribs+Seixas, SelectaStrange, Victoria Machado.

Realização e Apoio

Realização: Rumos Itaú Cultural

Apoio: CAST – MIT Center for Art, Science & Technology

Parceiros Institucionais:

Roberta Menezes (Fórum Landi / Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFPA)

Helena Lima (Museu Paraense Emílio Goeldi)

SERVIÇO
Instalação interativa Atlas Imaginário, Belém do Pará

Projeto Rumos Itaú Cultural 2023-2024

Estreia dia 9 de novembro (domingo), das 19h às 22h

Em cartaz até 5 de dezembro

Fórum Landi

Rua Siqueira Mendes, 60 – Cidade Velha, Belém do Pará

Visitação: de segunda-feira a sexta-feira, das 10h às 18h e em finais de semana selecionados durante atividades da COP30

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