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O sofrimento dos moradores da Transamazônica é proverbial. Há décadas as promessas se sucedem e se renovam, mas o abandono pelo governo federal é inegável. A pavimentação daquela que deveria ser uma rodovia de integração nacional se converteu numa saga que parece não ter fim. Atoleiros, lama, poeira, buracos, pontes caídas são itens de uma história pavorosa que, ano após ano, resulta invariavelmente em municípios isolados, com risco de desabastecimento, além de todas as demais desgraças imagináveis em um rincão que parece esquecido pela União. A ponte sobre o rio Arataú, na BR-230, em Pacajá, sudoeste do Pará, caiu no dia 05 de agosto, justamente na hora em que dois veículos passavam por ela. O Departamento Nacional de Transporte (Dnit) construiu um desvio de forma emergencial, mas a estrutura não aguentou as chuvas e desabou. Pelo menos dois mil caminhoneiros estão parados, além da população de toda a região isolada com o desmoronamento. O governo federal informou que, para recuperar a ponte, tem que primeiro licitar e provavelmente só no segundo semestre do ano que vem a obra será iniciada. Enquanto isso, há uma empresa no local para fazer uma obra emergencial. 

Na Transamazônica, de Itupiranga a Rurópolis, há 61 pontes, todas em péssimo estado. O lote de 12 pontes que vai do município de Anapu até Medicilândia ficou de ser licitado agora em novembro; já as demais no início do segundo semestre de 2015, diz o deputado Aírton Faleiro(PT), que está se empenhando em uma solução para o problema.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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