0

O esqueleto de um dinossauro apatossauro, apelidado de Vulcan, foi vendido por 6 milhões de euros (aproximadamente 33 milhões de reais) em um leilão realizado no último sábado, 16 de novembro, na França. O comprador, que permanece anônimo, comprometeu-se a doar o fóssil para exibição em um museu, garantindo que a peça histórica permaneça acessível ao público e à comunidade científica.

Organizado pelas casas de leilões Collin du Bocage e Barbarossa, o evento marcou a venda do maior dinossauro já leiloado no mundo. O apatossauro herbívoro, que mede 22 metros de comprimento e pesa cerca de 20 toneladas, viveu há aproximadamente 150 milhões de anos. Seu esqueleto é composto de 75 a 80% de ossos originais, um fato que é raro e, por isso, altamente valorizado no mercado paleontológico.

Os restos do dinossauro foram encontrados em 2018 no estado de Wyoming, nos Estados Unidos, uma região rica em fósseis pré-históricos. As leis estadunidenses permitem que indivíduos adquiram concessões para realizar escavações, o que viabilizou a descoberta de Vulcan.

Entre 2019 e 2021, as escavações foram financiadas por um investidor francês. Após serem recuperados, os 300 ossos do apatossauro foram enviados à França, onde passaram por um meticuloso trabalho de restauração no Paleomoove Laboratory, localizado em Luberon, no sudeste do país. O processo, que durou dois anos, estruturou o fóssil e preparou-o para sua exibição.

Antes do leilão, Vulcan foi exibido na orangerie do Château de Dampierre-en-Yvelines, uma propriedade histórica localizada a 50 quilômetros de Paris. Essa exposição permitiu que o público apreciasse o esqueleto em sua magnitude antes de sua venda, cuja estimativa inicial era de 3 a 5 milhões de euros.

O leilão foi concluído com a oferta de 4,7 milhões de euros, valor que, somado às taxas e custos, atingiu o total de 6 milhões de euros. Além da promessa de exibição em museu, o contrato de venda inclui uma cláusula que garante aos paleontólogos acesso ao fóssil para fins de estudo científico.

Vulcan não é apenas um marco no mercado de fósseis, mas também um tesouro para a paleontologia. A idade avançada do dinossauro, estimada em 45 anos quando morreu, e a integridade de seu esqueleto oferecem oportunidades únicas para estudos científicos sobre os hábitos e a fisiologia dos apatossauros, que viveram no período Jurássico.

Fotos: Phys.org / Divulgação

Gabriella Florenzano
Cantora, cineasta, comunicóloga, doutoranda em ciência e tecnologia das artes, professora, atleta amadora – não necessariamente nesta mesma ordem. Viaja pelo mundo e na maionese.

Google excluirá contas em dezembro: veja como evitar perder o acesso

Anterior

Divindade e humanidade no amor

Próximo

Você pode gostar

Mais de Notícias

Comentários