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Na programação da 17ª Primavera dos Museus, na Capela do Museu do Estado do Pará, em Belém, foi aberta pela Secretaria de Estado de Cultura ontem (21) a mostra denominada “Aparição”, memória da Festa da Chiquita, tradição da comunidade LGBTQIAP+ no período do Círio de Nazaré, após a Trasladação. Aberta com performance do artista Eloi Iglesias, a exposição fica até 15 de outubro.

Este ano, a Primavera dos Museus traz o tema “Memórias e Democracia, pessoas LGBTQIAP+, indígenas e quilombolas”.

O detalhe interessante é que foi da Capela do MEP que saiu o primeiro Círio de Nazaré. A Chiquita é uma festa popular, de caráter profano, e durante muito tempo sofreu o preconceito dos conservadores. Acontece na noite do sábado que antecede o Círio de Nazaré, na Praça da República, após a romaria noturna. Depois que a procissão passa, começam os shows de transformistas, travestis, transexuais, drag queens e miss gay, todxs têm devoção por Nossa Senhora de Nazaré. O evento é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), e também é declarado em lei patrimônio imaterial do Estado do Pará.

“Aparição” integra a exposição ‘Fé na Diversidade’. E o performático Eloi Iglesias resume: “Eu falo pras pessoas: fé na diversidade é o afeto, o aconchego e o respeito que todos nós merecemos”.

Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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