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Hoje é dia de celebrar a memória do maestro Waldemar Henrique e do Theatro da Paz, ícones da cultura do Pará. Indissociáveis, é o que se pode dizer de ambos. Se vivo, Waldemar Henrique completaria hoje, mesma data do aniversário do teatro, 111 anos. Falecido em 1995, o compositor deixou um legado riquíssimo, coalhado de lendas amazônicas, que vai do erudito ao popular. No período de 1964 a 1979, dirigiu o Theatro da Paz e fez dos camarins a sua morada por vários anos. 

Outro monstro sagrado da música brasileira, o maestro Carlos Gomes, nascido em São Paulo, várias vezes se apresentou ao público parauara e morreu em Belém no dia 16 de setembro de 1896. Este ano é marcado pelos 120 anos de sua partida. 

 

Fundado em 15
de fevereiro de 1878, durante o período áureo do Ciclo da Borracha, com projeto arquitetônico inspirado no Scalla de Milão, o Theatro da Paz
está em festa pelos seus 138 anos.

Com capacidade para 850 pessoas, tem talvez a melhor acústica do País. Para tanto, contribui o fato de ter, embaixo do palco, com pouco mais de 172 metros, uma
piscina com 37 mil litros de água. Outros fatores aumentam a qualidade do áudio, 
explica Gilberto Chaves, diretor artístico e amante do teatro: “não ter galerias, as cadeiras serem feitas de madeira, tem o fato de o
teatro ser feito 80% de madeira e, claro, tem também os mistérios que cercam os
grandes teatros”. 

O Teatro da Paz é o primeiro e
único emprego na vida de Ribamar Monteiro, que há 38 anos cuida de tudo nos bastidores, inclusive da cenografia dos festivais de ópera. Impossível não amar a linda edificação e os belíssimos espetáculos em seu palco.

Em homenagem a este dia, assistam ao vídeo de Gabriella Florenzano cantando “Uirapuru”, música do grande Waldemar Henrique, no palco do lindo Theatro da Paz.


As fotos do teatro são de Carlos Sodré. E a do maestro, de Luiz Braga.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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