A Assembleia Legislativa do Pará faz a abertura oficial do período legislativo amanhã, em sessão solene, da qual o governador Simão Jatene participa, com a leitura da Mensagem, que contém um balanço dos quatro anos da sua gestão anterior (2011 a 2014). Na oposição, o PSol foi substituído na Alepa pelo PCdoB que, pela terceira vez, ganhou assento na Casa, com o deputado Lélio Costa. O saudoso ex-deputado Paulo Fonteles, notório militante da sigla, na época de seu mandato (1983/1987) se abrigava no PMDB, porque seu partido ainda estava na clandestinidade nas eleições de 1982 e vigorava o bipartidarismo. Só em 1985, com o fim da ditadura militar e o início da Nova República, o PCdoB voltou a funcionar na legalidade. É a mais antiga agremiação política do País, fundada em 25 de março de 1922.
O marabaense Neuton Miranda, irmão do atual deputado Tião Miranda, foi o primeiro a se eleger pelo PCdoB. Exvereador e deputado estadual pelo partido, que ajudou a fundar no Pará, ao lado de Paulo Fonteles e Neco Panzera, em 1984, em um último espasmo da ditadura, chegou a ser preso em Belém, acusado de reorganizar o PCdoB. De 1993 a 1994, teve atuação destacada na Alepa, em defesa dos trabalhadores e na luta pelo direito de morar. Foi presidente da Cohab, no governo de Almir Gabriel, secretário municipal de Habitação na gestão de Edmilson Rodrigues e superintendente do Patrimônio da União. Militante estudantil na juventude, integrou a Ação Popular (AP) e foi vice-presidente da UNE. Viveu na clandestinidade na ditadura militar. Foi anistiado, membro do Comitê Central do PCdoB e presidente do Comitê Estadual. Faleceu aos 61 anos, no dia 20 de fevereiro de 2010, como uma figura proeminente desta trajetória.
Sandra Batista, viúva do deputado constituinte João Batista(PSB), foi a segunda eleita pelo PCdoB. Vereadora de Belém no período de 1997 a 1998, foi deputada estadual de 1999 a 2006 e vice-prefeita de Ananindeua entre 2008 e 2009, na administração de Helder Barbalho(PMDB).
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