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Faleceu na madrugada desta sexta-feira (9), por complicações resultantes de uma displasia, o jornalista, escritor e militante político Wladimir Pomar, que completaria 87 anos no próximo dia 14. Deixa 4 bisnetos e 3 bisnetas, 7 netos e 4 netas, 3 filhos e sua esposa Raquel.

Wladimir Ventura Torres Pomar nasceu em Belém do Pará, no ano de 1936, filho de Catarina Torres e Pedro Pomar, famoso líder comunista nascido em Óbidos (PA), ex-jogador do Clube do Remo, perseguido pela ditadura Vargas e assassinado pela ditadura militar implantada em 1964, e sobrinho de Roman Pomar, que por sua vez era casado com Jandira Souza, irmã do pai de outro ilustre obidense, o advogado, jornalista e escritor Célio Simões de Souza, membro das Academias Paraense de Letras, de Letras Jurídicas e de Jornalismo, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará e várias outras instituições.

Em 1949, aos 13 anos, Wladimir também se tornou militante do Partido Comunista. Nos anos 1950, atuou no movimento estudantil e no movimento sindical metalúrgico. Em 1962, participou do grupo que “reorganizou” o Partido Comunista do Brasil.

Preso em 1964, Wladimir viveu na clandestinidade até 1976, e foi preso no chamado Massacre da Lapa, quando Ângelo Arroyo, João Batista Franco Drummond e seu pai, Pedro Pomar, foram literalmente metralhados pela polícia política do regime militar.

Saiu da prisão em 1979, pouco antes da Anistia. Algum tempo depois, ingressou no PT, integrando a partir de 1984 a sua executiva nacional, como secretário de formação política. Neste período, foi um dos coordenadores do Instituto Cajamar, participou da coordenação da campanha de Lula a deputado federal constituinte e, em 1989, foi coordenador-geral da campanha Lula presidente.

Em 1990, Wladimir encerrou seu mandato no Diretório Nacional do PT e, desde então, não voltou a ocupar qualquer cargo na estrutura partidária. Mas continuou colaborando na Fundação Perseu Abramo e em atividades de formação, além de tarefas de inteligência.

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