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“Quero
mencionar aqui alguns exemplos da má destinação proposta nesse projeto. Nas
regiões Tapajós e Xingu há menos que 50 Km de pavimentação asfáltica em malha
viária estadual, ou seja, apenas a rodovia Ernesto Acioli, que liga Altamira a
Vitória do Xingu foi asfaltada. Neste projeto não está destinado um real para
pavimentação ou recuperação nestas duas regiões. 
Estou
entrando com uma emenda ao projeto para que se retire recursos previstos para
Alça Viária e se transfira para a pavimentação da PA-370 que liga Medicilândia
a Santarém, interligando com a Santarém/Curuá-Una, já pavimentada até a hidrelétrica,
aproximadamente 70 Km. Uma obra como essa contribuirá muito para integrar dois
grandes polos produtivos, Xingu e Baixo Amazonas, encurtando em 200 Km a distância
de Altamira para Santarém. 
Porque
eu estou propondo a retirada de recursos da Alça Viária? Ela deve ser mantida
com o próprio orçamento do Estado e não com empréstimo, esse deve ser
destinado  para novas obras estruturantes. E o que eu observo é que essa
obra é como uma camisa que teve o primeiro botão abotoado errado, continua
torta até hoje. Todo ano a Alça Viária consome grande volume de recursos, é
considerada um sumidouro de recursos públicos, e é por isso que não se faz asfaltamento
em outras regiões do Pará.
Afirmo
que temos muito que discutir e queremos ser ouvidos. O que queremos é uma
distribuição de recursos mais equilibrada. E para isso nossa bancada vai
apresentar um conjunto de emendas para democratizar a aplicação desses
empréstimos. A forma como está, 100% dos recursos para abastecimento de água,
são destinados apenas para Belém, estamos propondo que se faça justiça destinando
50% desse montante para Belém e os outros 50% para os demais municípios 
do Pará. Na educação, estamos apresentando emendas para contemplar todas as
regiões com a construção de escolas de Ensino Médio. 
Feitas
essas correções e ajustes a bancada está disposta a votar favorável à
autorização dos empréstimos. O que está em debate aqui, não é uma briga de
oposição contra situação e sim como aplicar melhor e corretamente os recursos
emprestados pelo governo federal.”
(Deputado Airton
Faleiro (PT), sobre os projetos de empréstimos do Pará ao BID, BNDES e BB,
totalizando quase R$2 bilhões.)
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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