Publicado em: 3 de novembro de 2025
O presidente Lula visitou no domingo (2) o Jamaraquá, na Floresta Nacional do Tapajós, que fica no Oeste do Pará. Lula vai ficar até a COP30, que terá a Cúpula do Clima nos dias 6 e 7 e depois continua de 10 a 21 de novembro, em Belém, que com a presença do presidente e seu staff é a capital do Brasil. Lula prometeu dar visibilidade à Amazônia e fazer o mundo ter um olhar diferente, que vai além da preservação da natureza. Próxima a Alter do Chão, a comunidade é polo de turismo de base comunitária, com trilhas dentro da floresta e dos igarapés, produz óleos de andiroba e de copaíba, farinha, látex e biojoias, além de fabricar móveis rústicos a partir de árvores caídas, atividades rurais com o sistema agroflorestal baseado no cultivo de plantas frutíferas destinadas ao consumo.
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, que acompanhava Lula e Janja, reviveu os tempos de seringueira. Ela chorou e emocionou o presidente ao lembrar que desde muito pequenina já trabalhava na extração do látex e mostrou como é o processo até a obtenção da borracha.
Jamaraquá é uma das 26 comunidades da Flona do Tapajós, área de 530 mil hectares preservados. Estruturada para o ecoturismo, conjuga a geração de renda familiar com a preservação da floresta. Ali vivem comunidades tradicionais – ribeirinhos, extrativistas e indígenas.
O presidente colocou a mão na massa na produção de farinha de mandioca e conversou com moradores. No bate-papo, acentuou que a escolha de um estado amazônico como o Pará para sediar a COP30 é a chance para que líderes mundiais atuantes na defesa do meio ambiente conheçam o bioma e a realidade dos povos locais. “A COP30 é um momento único na história do Brasil. É um momento em que a gente está obrigando o mundo a olhar a Amazônia com os olhos que devem olhar. O mundo vai conhecer não apenas a Amazônia, mas vai conhecer o povo maravilhoso e extraordinário da Amazônia e que merece ajuda. Para a floresta ficar em pé, temos que dar sustentação econômica, educacional, saúde para as pessoas que tomam conta. Se as pessoas não tiverem o que comer, não vão tomar conta de nada. Essa é a nossa obrigação”.
A ocasião também serviu para ouvir demandas e estabelecer o compromisso de ampliar iniciativas que atendam as necessidades da população local. “Vocês não estão reivindicando absolutamente nada que não seja possível resolver. Melhorar a questão da saúde, da educação, dos títulos de terras é nossa obrigação. O que precisamos é trabalhar mais para que a gente vença a burocracia”, afirmou Lula.
Moram na localidade 190 moradores, de 47 famílias, e a Flona inteira tem 1,5 mil famílias e cerca de 4 mil moradores — organizados em 25 comunidades e 3 aldeias indígenas.
















Comentários