Publicado em: 25 de outubro de 2025
Estar aqui hoje é um daqueles momentos em que a gente percebe o quanto valeu a pena acreditar.
São quase trinta anos dedicados ao jornalismo e à sala de aula, dois espaços que sempre caminharam juntos na minha vida.
Receber esta honra da Academia Paraense de Jornalismo é também reconhecer a trajetória de tantos colegas que, como eu, escolheram informar, ensinar e resistir.
Fazer jornalismo na Amazônia nunca foi fácil.
Aqui, as pautas enfrentam distâncias, silêncios e, muitas vezes, riscos. Mas também mergulhamos em histórias de força, de solidariedade e de esperança.
O jornalismo na nossa região é essencial porque está ampliando a voz a quem raramente é ouvido: comunidades ribeirinhas, povos indígenas, quilombolas, jovens da periferia, defensores da sociobiodiversidade.
É esse jornalismo que mostra ao mundo que a Amazônia não é só um mapa verde, é um território vivo, diverso e com muitas contradições.
Nesses tempos de tanta desinformação, o jornalismo nos lembra que informar é cuidar, cuidar das pessoas e do nosso direito de
compreender o que está acontecendo à nossa volta.
Num tempo em que o ruído se confunde com notícia, é nosso papel afirmar o valor da escuta atenta, da investigação rigorosa e da
responsabilidade social da palavra.
E assumir a cadeira do Prof. Édson Franco torna esse momento mais especial ainda: é reconhecer um legado da formação e renovar o compromisso com as novas gerações de comunicadores.
Agradeço à Academia Paraense de Jornalismo por acolher minha trajetória. E que a gente continue acreditando no poder transformador da palavra e na força do jornalismo feito sobre, na e para a Amazônia.
Ivana Oliveira, em seu discurso de posse na APJ
































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