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O curta-metragem de animação paraense “A Aventura de Patyzuli no Círio”, lançado em abril deste ano, conquistou um dos prêmios da VIII Mostra Sesc de Cinema, realizada no final de setembro no Sesc Glória, em Vitória (ES). O reconhecimento consolida a força da produção independente da Amazônia e amplia a projeção do filme em âmbito nacional.

A edição deste ano bateu recorde de inscrições, com 2.145 filmes enviados de todas as regiões do Brasil — um crescimento de 40% em relação à edição anterior. Desses, apenas 48 produções foram selecionadas para a mostra, sendo 40 curtas, 1 média e 7 longas-metragens. A diversidade de narrativas e formatos reforçou a relevância do evento como espaço de fomento e valorização do audiovisual brasileiro.

“Esse prêmio tem um significado enorme para nós. É o reconhecimento de um trabalho feito com muito carinho por uma equipe pequena, mas extremamente dedicada. Estar entre os vencedores da Mostra Sesc de Cinema mostra que o cinema independente da Amazônia tem força, relevância e pode dialogar com públicos de todo o Brasil.”, disse Nelson Nunes, diretor e editor do filme.
 
“A Mostra tem uma característica muito particular, pois ela é montada a partir das indicações dos estados. Então, por conta disso, a gente tem um perfil muito variado. Neste ano a gente tinha sessões que eram compostas de animações, ficções e documentário, por exemplo, e a ligação delas era feita por meio da temática. Com isso, ela acaba fazendo um retrato de um Brasil muito diverso, muito criativo, no que compete ao audiovisual. Isso faz com que a gente consiga visualizar os diversos processos de criação, as diversas formas de narrativa”, afirmou Suelen Nino, Analista Audiovisual do SESC.

O  curta paraense foi  exibido  dentro  da sessão Panorama Infantojuvenil 3, ao lado de produções como “PiOinc”, “Lá na frente”, “A história de Ayana” e “A colmeia da Aziza”. A obra celebra o Círio de Nazaré, maior manifestação cultural e religiosa da Amazônia, trazendo ao público infantojuvenil uma narrativa lúdica e afetiva sobre pertencimento, fé e cultura popular.

Representando a equipe Patyzuli — formada, ainda, pela produtora e roteirista Caroliny Pinho e a assistência de direção Heloisa Pinho —, Daniella Eguchi, animadora e diretora de arte do curta, participou de diversas atividades da mostra, incluindo oficina de foley, roda de conversa com realizadores e debate sobre circulação de obras independentes. “Receber esse prêmio é um incentivo fundamental para quem faz cinema fora do eixo tradicional. Acreditamos que contar histórias a partir da nossa cultura, como o Círio de Nazaré, é uma forma de fortalecer nossa identidade e mostrar a riqueza da Amazônia para o país inteiro. Esse reconhecimento do Sesc nos dá ainda mais energia para continuar criando”, afirmou Daniella.

Além do reconhecimento em Vitória, o prêmio amplia o alcance do curta, que será exibido ao longo de um ano, a partir do próximo mês de novembro, em unidades do Sesc de diferentes estados por todo o país, levando a cultura amazônica para novos públicos.

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