Publicado em: 6 de outubro de 2025
O Brasil deve registrar cerca de 704 mil novos casos de câncer em 2025, segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA). O aumento reflete o envelhecimento populacional e a persistência de fatores de risco ligados ao estilo de vida, como tabagismo, consumo excessivo de álcool, sedentarismo, obesidade e alimentação inadequada. Cada vez mais, a detecção precoce é determinante para salvar vidas. Identificar tumores em fases iniciais permite intervenções menos invasivas, maior chance de cura, preservação da qualidade de vida, terapias com menor toxicidade e ainda reduz custos para o sistema de saúde. Em muitos casos, descobrir a doença antes do aparecimento dos sintomas faz toda a diferença no prognóstico, principalmente de mama, colo do útero, próstata, colorretal e pele (melanoma). O diagnóstico inicial possibilita tratamentos menos agressivos e taxas de cura superiores a 90%, com preservação funcional e aumento da sobrevida global.”
A mamografia digital detecta microcalcificações indicativas de carcinoma; a tomografia de baixa dose revela nódulos pulmonares em estágio inicial; e a ressonância magnética avalia com precisão estruturas complexas.
Já a ultrassonografia transvaginal, combinada ao exame de Papanicolau, é essencial para alterações ginecológicas; enquanto colonoscopia, PSA e toque retal completam o rastreamento de colorretal e próstata. A dermatoscopia digital, por sua vez, auxilia no monitoramento de lesões suspeitas de melanoma.
A periodicidade desses exames varia conforme histórico familiar e perfil de risco. A recomendação é de mamografia anual a partir dos 40 anos; colonoscopia a cada 10 anos, ou entre 3 e 5 em casos de maior risco; tomografia de tórax anual em fumantes; exames ginecológicos anuais; além de PSA e toque retal a partir dos 50 anos – ou dos 45 para pacientes com histórico familiar.
Há sinais que exigem investigação imediata, como perda de peso inexplicada, dor persistente, nódulos palpáveis, alterações na pele, sangramentos atípicos, mudanças no hábito intestinal ou urinário, tosse persistente, rouquidão prolongada e fadiga sem causa aparente.
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