Publicado em: 4 de outubro de 2025
O pesquisador Caio Maximino, da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), figura na edição de 2024 do Updated science-wide author databases of standardized citation indicators, ranking internacional elaborado pelo professor John P. A. Ioannidis, da Universidade Stanford, nos Estados Unidos. A presença do docente no levantamento representa um marco inédito para a Unifesspa e mostra a relevância da produção científica amazônica no cenário global.
A Universidade Stanford (em inglês Stanford University, oficialmente Leland Stanford Junior University) é uma instituição localizada em Palo Alto, Califórnia, nos Estados Unidos, e reconhecida entre as mais prestigiadas do mundo, figurando consistentemente nos primeiros lugares de rankings internacionais e possuindo um dos processos seletivos de graduação mais concorridos dos EUA.
O estudo, considerado uma das principais referências internacionais para medir impacto acadêmico, é produzido a partir da base Scopus, um dos maiores bancos de dados científicos do mundo, com mais de 85 milhões de registros e cerca de 7 mil editoras. A avaliação classifica os pesquisadores que se posicionam no percentil superior de 2% em sua área de conhecimento, levando em conta parâmetros como índice h, citações com e sem autocitações e outros indicadores bibliométricos. Os dados são organizados pelo DataMeta Lab a partir de informações da Elsevier e da própria Universidade Stanford, abrangendo 22 grandes áreas científicas e 174 subáreas.
A presença do professor doutor Caio Maximino na lista tem importância singular, ainda mais se levarmos em consideração que a Unifesspa é uma universidade pública relativamente jovem.
Atuando no Instituto de Estudos em Saúde e Biológicas (IESB), Maximino é professor de Neurociências, Psicopatologia e disciplinas afins. Coordena o Núcleo de Estudos em Neurociências e Comportamento, além do Grupo de Pesquisa em Neurociências, Comportamento & Cognição. Sua trajetória científica combina produção acadêmica intensa, colaborações em redes nacionais e internacionais e forte dedicação à divulgação científica, com foco inclusive em ações de extensão voltadas ao bem-viver dos povos indígenas.
Sua formação inclui graduação em Psicologia pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, no campus de Bauru (2001-2008), mestrado em Neurociências e Biologia Celular pela Universidade Federal do Pará (2011) e doutorado na mesma área e instituição (2014). Desde então, tem se dedicado a pesquisas em neuropsicofarmacologia, farmacologia comportamental e neurociência crítica, consolidando-se como referência em psicobiologia e saúde mental.
A inclusão de seu nome no ranking de Stanford é vista pelo cientista como reflexo direto de uma trajetória acadêmica construída em rede, dentro e fora da Amazônia. “Este reconhecimento é fruto de um trabalho coletivo, que envolve não apenas a minha atuação, mas também a de estudantes, colegas e colaboradores ao longo dos anos. Estar nesse ranking mostra que a pesquisa feita na Amazônia tem relevância internacional e contribui para a ciência global”, destacou Maximino.
O resultado simboliza, ao mesmo tempo, o fortalecimento da presença acadêmica amazônica e a valorização das universidades federais do interior, como a Unifesspa, que vêm desempenhando papel estratégico na democratização da formação de pesquisadores e na produção de conhecimento com impacto fora das metrópoles.
Foto: Unifesspa/Divulgação
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