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Com dois capítulos, o novo livro do professor doutor Miguel Picanço, “Itinerâncias dos Sabores e Sabes da Cultura Alimentar Amazônica”, está na reta final de edição e deve ser lançado no dia 6 de dezembro, no Ponto de Cultura COCOHAM, na ilha do Combu, em Belém do Pará.

Para o autor, compreender a comida como cultura é reconhecer que o ato de comer é carregado de sentidos que ultrapassam o domínio da biologia e da nutrição.

“A alimentação se inscreve no tecido social como prática simbólica, marcadora de identidades, pertencimentos, distinções e desigualdades. Sob uma perspectiva antropológica, percebemos que escolhas alimentares não são neutras: elas revelam valores, histórias, crenças, tradições e, sobretudo, relações de poder. O caso da farofa em Belém, e o estigma que recai sobre os chamados “farofeiros”, exemplifica como a comida pode ser usada como instrumento de diferenciação social e de exclusão. As formas como comemos, o que comemos, com quem comemos e onde comemos estão imersas em sistemas culturais complexos que expressam — e ao mesmo tempo produzem — as hierarquias sociais e os imaginários coletivos”, comenta o professor, recentemente eleito para o Instituto Histórico e Geográfico do Pará.

Miguel Brito Picanço é doutor em Ciências Sociais, na linha de pesquisa Identidade e Sociabilidade, e tem pós-doutorado em Antropologia da Alimentação, na linha de pesquisa Patrimônio Alimentar e Turismo, pelo Observatorio de la Alimentación, na Universidad de Barcelona. É autor dos livros “Na roça, na mesa, na vida: uma viagem pela trajetória da mandioca, no e além do nordeste paraense” (2018), “Comida Cabocla: uma questão de identidade na Amazônia; desde uma perspectiva fotoetnográfica” (2021), “A Vida Social da Mandiocaba: um ingrediente Amazônico” (2021) e Alfabetização à Mesa: sabores e Saberes da EJAI (2024)”. É professor efetivo da Educação Básica na Secretaria de Educação do Estado do Pará, atuando como docente de Sociologia. Pesquisador membro do Alere, Grupo de Pesquisa em História da Alimentação e Abastecimento na Amazônia/CNPq, membro efetivo da Associação Brasileira de Antropologia (ABA). Pesquisa os campos da Antropologia Visual e da Antropologia da Alimentação, em particular a comida como patrimônio alimentar do nordeste paraense.

Ao tempo só pertence este segundo que o perdes

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