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O espetáculo “Depois da Chuva – A História de Belém”, montagem que celebra os 409 anos da capital parauara, volta aos palcos, nos dias 4 e 5 de outubro. As apresentações acontecem no Theatro da Paz, no sábado às 20h, e no domingo em duas sessões, às 16h30 e às 20h. Os ingressos estão disponíveis na bilheteria do teatro e pela plataforma Sympla.

Criada originalmente em 2016 pelo Centro de Dança Ana Unger, em homenagem aos 400 anos da cidade, a obra foi remontada em 2021 e retorna agora em 2025. Dividido em dois atos, o espetáculo revisita o imaginário da capital amazônica a partir de narrativas que unem história, lendas e manifestações culturais.

No primeiro ato, o público acompanha a trajetória da menina guiada por Zman, o Senhor do Tempo, e por Amanacy, a Mãe da Chuva, em uma viagem que evoca episódios da Cabanagem, a força da fé popular e a presença de imigrantes na formação da identidade cultural da cidade.

O segundo ato dedica-se à memória da Belle Époque, celebrando o próprio Theatro da Paz e compositores como Waldemar Henrique, Araújo Pinheiro, Iva Rothe, Luiz Pardal, Salomão Habib, Tynnôko Costa e Altino Pimenta. O carimbó ganha destaque como expressão da vitalidade popular, e o programa inclui ainda uma homenagem à bailarina Anna Pavlova, com referência à célebre coreografia A Morte do Cisne.

Mais do que resgatar tradições, a proposta é ressignificar. Como explica a diretora geral e artística, Ana Unger: “Celebramos artistas muitas vezes esquecidos e silenciados, e reforçamos que a dança não apenas traduz, mas também convoca à reflexão, cria espaços de pertencimento e nos ajuda a pensar a Amazônia diante dos desafios contemporâneos”.

A montagem conta com um time de excelência: Roberta Carvalho e Roberto Eliasquevici assinam o vídeo mapping; Rubens Vieira Almeida, a iluminação; Miguel Campos Neto, a direção musical; e Alcides Jr., os figurinos, em parceria com o Galpão das Artes. O resultado é uma experiência cênica que integra dança, música e tecnologia para homenagear Belém e suas múltiplas vozes.

Com mais de 70 espetáculos originais criados desde sua fundação, em 1998, o Centro de Dança Ana Unger firmou-se como um espaço de criação e formação artística no Pará. Atualmente, a companhia reúne 24 bailarinos e 10 estagiários selecionados em audições públicas.

Foto: Valério Silveira

Gabriella Florenzano
Cantora, cineasta, comunicóloga, doutoranda em ciência e tecnologia das artes, professora, atleta amadora – não necessariamente nesta mesma ordem. Viaja pelo mundo e na maionese.

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