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Estudantes do ensino médio de Belém, Ananindeua e Paragominas transformaram a sala de aula em espaço de criação audiovisual para refletir sobre mudanças climáticas e sustentabilidade. O resultado poderá ser visto no próximo dia 24 de setembro, às 17h, no Teatro do SESI (Av. Almirante Barroso, nº 2540) em Belém, quando será realizada a cerimônia de encerramento e premiação do Projeto Curta na Escola: Lentes para o futuro do clima na Amazônia.

A iniciativa, conduzida pela Gerência Executiva de Cultura do SESI em parceria com a Jornada COP+, mobilizou cerca de 230 alunos, que ao longo de cinco meses participaram de oficinas de roteiro, produção, gravação e edição com o produtor audiovisual Felipe Vieira. O grupo também teve acesso a uma palestra sobre transição energética, ministrada por Daniel Sobrinho, diretor do Sistema FIEPA e co-líder do Comitê da Transição Energética da Jornada COP+.

Foram produzidos 16 curtas-metragens, que agora disputam a fase final. Uma comissão de especialistas do SESI escolherá os três melhores trabalhos de cada escola. Na cerimônia, os nove finalistas serão exibidos e três deles receberão troféu e medalhas nas categorias melhor curta, melhor roteiro e melhor edição.

Para Ana Cláudia Moraes, gerente executiva de Cultura do SESI Pará, a experiência ampliou horizontes dos alunos em múltiplas dimensões: “o Curta na Escola é um projeto que nasceu com o propósito de ecoar as vozes dos jovens, oferecendo a eles a oportunidade de expressar suas percepções sobre um tema tão urgente como as mudanças climáticas, com foco na Transição Energética, utilizando a linguagem audiovisual”.

O evento contará com convidados de destaque, como a atriz e cantora Naieme, vencedora do Kikito de Melhor Atriz no Festival de Cinema de Gramado; a cineasta paraense Zienhe Castro; e o rapper e ator Pelé do Manifesto, que conduzirá a cerimônia. Para Ana Cláudia, o momento será de celebração: “para a premiação, esperamos não apenas reconhecer os três melhores curtas, mas principalmente celebrar a criatividade, o protagonismo e a capacidade desses jovens de transformar ideias em obras audiovisuais que dialogam com questões ambientais e sociais. Também será um momento de troca muito rica, pela presença de convidados de grande relevância no cenário cultural”.

O projeto também dialoga com os eixos de Transformação Digital e Inovação da Jornada COP+, ao adotar o audiovisual como recurso pedagógico e de sensibilização social. O uso de ferramentas acessíveis, como o celular, reforçou a inclusão digital e a democratização do conhecimento, permitindo que os alunos traduzissem preocupações ambientais em narrativas criativas. “Ao incentivar a democratização do conhecimento, promovemos o protagonismo juvenil e valorizamos a cultura como instrumento de transformação social. O projeto complementa a Jornada reforçando a importância de formar cidadãos conscientes, criativos e comprometidos com um futuro mais sustentável para além da COP”, acrescenta Ana Cláudia.

Na avaliação do palestrante Daniel Sobrinho, a vivência deixou marcas importantes: “durante as palestras, explicamos o que é a transição energética, incentivamos o uso de fontes renováveis e mostramos como isso contribui para a melhoria do meio ambiente e das condições climáticas. Foi uma experiência muito positiva interagir com os alunos das escolas. Tenho certeza de que será algo importante para o futuro deles, como já está sendo no presente”.

Os filmes vencedores poderão ser assistidos, posteriormente, nos canais digitais do Teatro do SESI.

Gabriella Florenzano
Cantora, cineasta, comunicóloga, doutoranda em ciência e tecnologia das artes, professora, atleta amadora – não necessariamente nesta mesma ordem. Viaja pelo mundo e na maionese.

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