Publicado em: 12 de setembro de 2025
Ícones da cultura nacional, Pixinguinha e Lupicínio Rodrigues são oficialmente agora patronos da Música Popular Brasileira, assim reconhecidos pela lei federal nº 15.204/2025. O título de Patrono é atribuído a brasileiros mortos há pelo menos dez anos que tenham se destacado por excepcional contribuição ou especial dedicação ao segmento homenageado.
Nascido em Porto Alegre, em 16 de setembro de 1914, Lupicínio Rodrigues criou o estilo “dor-de-cotovelo”. Obras suas, como “Felicidade” e “Nervos de Aço”, seguem vivas na memória afetiva dos brasileiros. Sua primeira música, “Carnaval”, foi composta aos 14 anos. A fama veio com “Se acaso você chegasse”. O gaúcho era fiel à inspiração da vida real, compondo com base nas próprias histórias. Autor do hino do Grêmio, deixou cerca de 150 canções. Faleceu aos 59 anos, vítima de complicações cardíacas.
Já o maestro, flautista, saxofonista, compositor e arranjador Alfredo da Rocha Vianna Filho, o Pixinguinha, nasceu no Rio de Janeiro, em 4 de maio de 1897. Consolidou o gênero choro e influenciou profundamente a formação da MPB moderna. Entre suas obras mais conhecidas estão “Carinhoso”, “Rosa” e “Lamentos”. O Dia Nacional do Choro, comemorado em 23 de abril, homenageia seu legado.
Apelidado de Pixinguinha pela avó, começou a trajetória musical sob a orientação do pai e, ainda jovem, integrou o grupo “Os Oito Batutas”, levando o choro a palcos nacionais e internacionais. Definiu o estilo do choro com suas melodias ricas e arranjos sofisticados. Trabalhou como arranjador na RCA Victor e criou trilhas para cinema, mantendo viva sua influência até falecer em 17 de fevereiro de 1974.
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