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Dez profissionais, entre médicos, enfermeiros e técnicos do Ministério da Saúde e da Ong Zoé realizam, até o dia 31 de agosto, atendimento especializado na Terra Indígena Zo’é, em Óbidos (PA). A etnia, atualmente com 343 pessoas e considerada de recente contato, é acompanhada pelo Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Guamá-Tocantins.

Estão sendo realizadas cirurgias de colecistectomia por videolaparoscopia dentro do território indígena, evitando a remoção de pacientes e reduzindo os riscos de contaminação. Além dos procedimentos cirúrgicos, foram ofertados diversos atendimentos de atenção primária.

A iniciativa foi solicitada pela Equipe Multidisciplinar de Saúde Indígena do DSEI Guamá-Tocantins, em conjunto com o Conselho de Líderes Zo’é, e é realizada em parceria com a Fundação Dieter Morszeck e a ONG Zoé. A equipe garante atendimento seguro, humanizado e culturalmente sensível.

Os indicadores de saúde do povo Zo’é refletem avanços significativos. Nos últimos cinco anos foram registrados três óbitos, sem nenhuma ocorrência em 2025 até o momento. A cobertura vacinal entre indígenas acima de cinco anos alcança 100%, demonstrando a efetividade das ações de imunização no território.

O contato oficial do povo Zo’é com a sociedade brasileira ocorreu na década de 1980, por meio da Funai, que diante de relatos sobre a presença de não indígenas em seu território tradicional, iniciou ações de proteção, acompanhamento e vigilância territorial para garantir a integridade física, cultural e territorial dessa população.

Desde então, os Zo’é vêm sendo acompanhados por políticas específicas de proteção à saúde, ao território e à cultura, com foco na redução dos impactos negativos do contato e na preservação de sua autonomia.

Um paraense diretor da AMN

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