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O curta-metragem documental Curandeiras (Pará, 2024), dirigido pela cineasta Raissa Araujo, foi o vencedor do Prêmio Itaú Cultural Play no 3º CINE RO – Festival de Cinema de Rondônia. O anúncio aconteceu no último sábado, dia 9 de agosto, durante a cerimônia de encerramento realizada no Espaço Tapiri, em Porto Velho.

A produção receberá R$ 15 mil e será licenciada para exibição na IC Play (plataforma gratuita de cinema brasileiro) por dois anos, após um período de até um ano destinado à circulação em festivais. O prêmio avaliou filmes da Mostra Amazônica, que reúne curtas de diferentes estados da Amazônia Legal.

No documentário, Raissa Araujo apresenta as histórias de Wlad Lima, Mãe Rita D’Oxum e Tereza Tupinambá, três mulheres que, cada uma a seu modo, constroem práticas de cura inspiradas nas ancestralidades negras e indígenas. Suas trajetórias desafiam estereótipos e questionam papéis sociais tradicionalmente atribuídos às mulheres, propondo novas formas de viver a religiosidade e de encarar os limites do mundo contemporâneo.

A curadoria da Itaú Cultural Play destacou a originalidade do tema e a forma como a narrativa conduz a jornada das protagonistas. A construção visual, marcada por elementos poéticos em versos, imagens e canções, foi apontada como um dos méritos do filme.

Curandeiras já está disponível na IC Play, que exibe a Mostra Amazônica do 3º CINE RO na íntegra até 28 de agosto. A estreia oficial relacionada ao prêmio será anunciada posteriormente.

A Mostra Amazônica desta edição conta com 20 curtas-metragens de estados da Amazonia Legal, incluindo documentários, dramas e animações. São obras que exploram saberes tradicionais, vivências periféricas, cosmovisões indígenas e lutas contemporâneas, compondo um panorama que desafia estereótipos e favorece a diversidade cultural amazônica.

Ficha técnica:

Curandeiras

De Raissa Araujo (25 min, Pará, 2024)

Classificação indicativa: AL – livre

Sinopse: Com a serpente como guia ancestral, este filme mergulha no universo de mulheres curandeiras da Amazônia paraense. Em seus territórios, elas desvendam práticas de cura, mesclando saberes tradicionais e contemporâneos, revelando a força da espiritualidade, da natureza e a resiliência dos saberes ancestrais.

Com legendas descritivas.

Gabriella Florenzano
Cantora, cineasta, comunicóloga, doutoranda em ciência e tecnologia das artes, professora, atleta amadora – não necessariamente nesta mesma ordem. Viaja pelo mundo e na maionese.

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