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Acadêmicos dos cursos de saúde da Universidade do Estado do Pará (Uepa) estiveram no município de Soure, no Arquipélago do Marajó, entre os dias 4 e 6 de julho, levando serviços básicos de saúde e ações educativas a comunidades ribeirinhas. As atividades integram duas iniciativas distintas: a I Expedição Marajó, promovida pela Comunidade Católica Nova Aliança com participação de alunos do curso de Biomedicina via Programa Forma Pará, e o projeto de extensão “Arquipélago: Medicina/Uepa em Ação no Marajó”, voltado a estudantes de Medicina.

As ações da Uepa correspondem ao projeto de interiorização da saúde e a formação prática de profissionais voltados às realidades amazônicas. Em ambas as iniciativas, os acadêmicos atuaram diretamente com a população, sob orientação docente, promovendo atendimentos profissionais e a conscientização e promoção de hábitos saudáveis.

A participação dos alunos do curso de Biomedicina, ofertado em Ananindeua pelo Programa Forma Pará, ocorreu durante a I Expedição Marajó, com supervisão da professora Kátia Regina Bezerra, do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS). A ação alcançou as comunidades dos bairros Novo Futuro, Tucumanduba, Comunidade do Céu, Caju-Una e Cuieiras, levando a elas serviços como aferição de pressão arterial, testes de glicose e distribuição de kits de higiene bucal.

Além dos procedimentos básicos, os estudantes promoveram orientações sobre cuidados com a saúde, riscos da automedicação, combate ao sedentarismo, alimentação equilibrada, higiene das mãos e saúde bucal, inclusive com atividades específicas para crianças.

A professora Kátia Regina Costa destacou a importância da experiência na formação dos futuros profissionais de saúde, já que essas ações são fundamentais para que os alunos apliquem, na prática, o conhecimento adquirido em sala. Ela também ressaltou o impacto direto na vida das comunidades, que passam a ter maior acesso a informações e cuidados básicos preventivos.

O estudante Antonio Costa, do 6º semestre de Biomedicina, participou da expedição pela primeira vez e relatou que a vivência transformou sua percepção sobre a profissão. “Estar presente nas localidades e atuar como protagonista das ações educativas nos tira da zona de conforto e nos mostra o quanto já aprendemos e o quanto podemos fazer por nossa comunidade”, declarou.

Paralelamente, 10 estudantes de Medicina da Uepa participam, até o dia 14 de julho, do projeto de extensão “Arquipélago: Medicina/Uepa em Ação no Marajó”, também em Soure. A iniciativa, realizada em parceria com o Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS), tem como objetivo oferecer experiências práticas em saúde em regiões remotas da Amazônia.

O projeto envolve estudantes dos campi Belém e Marabá, entre o 7º e 11º período do curso, que atuam sob supervisão médica em unidades de saúde, realizando atendimentos clínicos, visitas domiciliares e ações educativas junto à população. A coordenação está a cargo do professor Napoleão Guimarães, com apoio da pedagoga Alessandra Raiol.

Com enfoque na atuação interdisciplinar e comunitária, a proposta é fortalecer a compreensão sobre os desafios e singularidades da saúde na região amazônica, ao mesmo tempo em que prepara os futuros médicos para práticas mais sensíveis e adaptadas aos territórios.

Gabriella Florenzano
Cantora, cineasta, comunicóloga, doutoranda em ciência e tecnologia das artes, professora, atleta amadora – não necessariamente nesta mesma ordem. Viaja pelo mundo e na maionese.

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