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O Cedeca-Emaús realiza, nesta sexta-feira, o seminário Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes: um olhar para a situação do trabalho infantil, no auditório do Movimento República de Emaús, no bairro do Bengui, das 8h às 17h, em parceria com o Programa de Enfrentamento ao Trabalho Infantil Doméstico.

Um dos debates será baseado na exposição dialogada “Trabalho Infantil e a Violação dos Direitos Humanos”, pela pedagoga Bruna Monteiro. A advogada do Cedeca, Celina Hamoy, vai tratar sobre “Trabalho Infantil e a Violação dos Direitos Humanos”. O grupo de dança do Movimento República de Emaús vai se apresentar e haverá exercício cênico do grupo de adolescentes do Petid, com o tema “O despertar de uma família”.

O evento ajudará a divulgar os locais em que a população deve denunciar, caso saiba de alguma criança ou adolescente em situação do trabalho infantil – Cedeca, Conselhos Tutelares e Ministério Público do Estado.

Durante o seminário será lançada pesquisa sobre trabalho infantil feita pelo Cedeca e pelo Grupo de Estudos e Pesquisa da Infância, Adolescência e Família, da UFPA. O estudo, denominado “Levantamento da Situação de Trabalho Infantil nas Escolas”, foi feito a partir de um diagnóstico de 1.670 alunos de três escolas públicas de Belém.

O documento mostra que meninos e meninas continuam exercendo jornada estressante, alguns com até dez horas de trabalho diário e mais a vida escolar, recebendo, em sua maioria, até R$ 200 por mês. 40,7% dos entrevistados disseram ter começado a trabalhar antes dos 11 anos e 26% antes dos 13 anos.

Para evitar que essa realidade continue, a coordenação da pesquisa já realizou oficinas de formação sobre violação e direitos de meninos e meninas e pretende continuar com a orientação. Além das crianças e adolescentes das instituições de ensino onde foi feita a pesquisa com os alunos, a oficina é destinada aos professores, equipe técnica dos colégios e aos pais dos alunos.

Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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