A sessão hoje na Alepa foi animada e cada voto disputado a tapa – calma, não literalmente, é só para dar um molho na história -. É que metade dos deputados quer aprovar logo o projeto que reduz o ICMS para combustíveis e a outra metade prefere debater mais um pouco e chegar a um consenso. A sessão foi obstruída pela bancada governista. Aí foi apresentado um requerimento oral para prorrogar a sessão. Regina Barata quis discutir a proposição, o que o regimento não permite, então ela pediu a palavra para encaminhar a votação. Em seguida, continuou a insistir, mas o presidente, deputado Domingos Juvenil, não se deu por achado: pôs em votação simbólica a proposta ao mesmo tempo em que ela falava ao microfone.
Claro que deu confusão. Proclamado o resultado favorável, ele foi questionado, e então novamente houve votação, desta vez através do painel eletrônico. Foi um tremendo auê. Placar rigorosamente empatado, parecia final de Copa do Mundo. 9X9, 10X10, 11X11, 12X12. A cada “sim” e “não“, o plenário se alvoroçava e só faltava vir abaixo. O presidente, todo feliz, anunciou que, pela primeira vez, exerceria o voto de Minerva a que tem direito, e que seria pela prorrogação. E perguntou, como de praxe, se algum deputado deixara de exercer o voto. Aí Robgol se abalou até a Mesa Diretora para se queixar de que não conseguia acessar de seu computador o painel eletrônico. Corre-corre da assessoria de informática e Robgol vira o jogo: 12X13. Os governistas comemoraram. Mas nesse momento eis que entrou em campo, ooops, em plenário, Gualberto Neto, que tascou um “sim“, passando a bola para o presidente, que marcou o gol, quer dizer, garantiu a prorrogação da sessão, sob os aplausos da galera, quer dizer, galeria.
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