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Há algo de podre no ar. O laudo produzido por professores da UFPA sobre a queda do edifício Real Class foi desautorizado pelo reitor da universidade. O engenheiro calculista, acusado como único culpado, aponta erro nas fundações. O presidente do Crea-PA, em entrevista coletiva, se comporta como dono da construtora, tão enfática sua defesa, inclusive excluindo a empresa de qualquer responsabilidade. E a construtora, que raivosamente dizia que ser leviano qualquer comentário antes do estudo do Crea-PA, continua muda e queda. Por que não se explica?
Como e por que a UFPA não endossa o laudo, se os equipamentos e professores de lá foram contratados formalmente para produzi-lo? A Faculdade de Engenharia e o Instituto de Tecnologia da UFPA têm autonomia para esse tipo de contrato?

E o que dizer da pressa do presidente do Crea-PA em anunciar desde logo que a Real não tem culpa alguma, só o engenheiro calculista, quando é claríssima sua responsabilidade como entidade fiscalizadora que não fiscaliza como deve; da Prefeitura de Belém, via Seurb, que não cumpriu seus deveres; e da empresa, ainda que solidária, pelos serviços que contratou?

Estão subestimando a inteligência de todos?

Vamos aguardar o laudo do IML. Manobras em direção à impunidade serão denunciadas. 
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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