Publicado em: 24 de julho de 2012
Em
março deste ano, Amair Feijoli da Cunha,
codinome Tato, que intermediou o assassinato
da Irmã Dorothy Stang em 12.02.2005, contou que a
arma usada no crime pelo pistoleiro Rayfran das Neves era do então delegado da
Polícia Civil de Anapu, Marcelo
Ferreira de Souza Luz – justamente quem comandou o inquérito do crime – que teria lhe dado o revólver Taurus calibre 38 para enfrentar possíveis
invasões dos agricultores liderados pela missionária.
março deste ano, Amair Feijoli da Cunha,
codinome Tato, que intermediou o assassinato
da Irmã Dorothy Stang em 12.02.2005, contou que a
arma usada no crime pelo pistoleiro Rayfran das Neves era do então delegado da
Polícia Civil de Anapu, Marcelo
Ferreira de Souza Luz – justamente quem comandou o inquérito do crime – que teria lhe dado o revólver Taurus calibre 38 para enfrentar possíveis
invasões dos agricultores liderados pela missionária.
Imediatamente, o promotor de Justiça da capital Edson Cardoso de Souza, responsável
pelo caso perante o Tribunal do Júri, pediu a devida apuração da denúncia. Mas,
ao que se sabe, a Secretaria de Segurança Pública nada investigou. Como só foi
desaforado o julgamento, a competência é da comarca de Anapu.
pelo caso perante o Tribunal do Júri, pediu a devida apuração da denúncia. Mas,
ao que se sabe, a Secretaria de Segurança Pública nada investigou. Como só foi
desaforado o julgamento, a competência é da comarca de Anapu.
Na época, acusado de pedir propina de R$10 mil aos fazendeiros em troca
de proteger os lotes de invasores, numa espécie de milícia, o delegado foi
afastado das investigações e respondeu a um processo administrativo
disciplinar, mas continua na ativa, como titular da delegacia de Viseu.
de proteger os lotes de invasores, numa espécie de milícia, o delegado foi
afastado das investigações e respondeu a um processo administrativo
disciplinar, mas continua na ativa, como titular da delegacia de Viseu.
Hoje, as Câmaras
Criminais Reunidas do TJE-PA não conheceram o habeas corpus impetrado pela
defesa de Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida,
um dos mandantes da morte da Irmã Dorothy. A desembargadora Vera Araújo
de Souza apontou a ausência de fatos novos no pedido e foi acompanhada à
unanimidade.
Criminais Reunidas do TJE-PA não conheceram o habeas corpus impetrado pela
defesa de Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida,
um dos mandantes da morte da Irmã Dorothy. A desembargadora Vera Araújo
de Souza apontou a ausência de fatos novos no pedido e foi acompanhada à
unanimidade.
O caso Dorothy é
emblemático: Rayfran das Neves, pistoleiro de aluguel que a executou friamente
com seis tiros à queima-roupa, está em regime semiaberto desde 2011, teve emprego no governo do Estado – agora numa academia de ginástica -, namorada pesquisadora, flana livremente pela cidade e só faz dormir na cela.
emblemático: Rayfran das Neves, pistoleiro de aluguel que a executou friamente
com seis tiros à queima-roupa, está em regime semiaberto desde 2011, teve emprego no governo do Estado – agora numa academia de ginástica -, namorada pesquisadora, flana livremente pela cidade e só faz dormir na cela.
Tato cumpre pena domiciliar. Clodoaldo Batista, coautor do
assassinato, aproveitou o regime aberto para desaparecer do mapa. Bida
também já goza o regime semiaberto.
assassinato, aproveitou o regime aberto para desaparecer do mapa. Bida
também já goza o regime semiaberto.
Comentários