Publicado em: 7 de dezembro de 2013
A medida segue na contramão do movimento nacional pelo restabelecimento da exigência do Diploma de Jornalismo para o exercício da profissão, assunto já aprovado no Senado e que, por meio da PEC 206/2012, recebeu o parecer favorável da Comissão de Justiça da Câmara Federal.
O Sinjor vê como injusta a “punição” aplicada contra o curso em razão dele ter recebido nota 2 (abaixo da média) no Conceito Preliminar de Curso (CPC), usado como indicador de qualidade do ensino superior, por meio do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade). É de conhecimento público que os acadêmicos costumam boicotar o exame por considerá-lo ineficiente e injusto no atesto da qualidade do ensino público, que o próprio governo federal deixa a desejar na garantia da infraestrutura necessária ao ensino, à pesquisa e à extensão. O concluinte é obrigado a fazer o Enade, sob pena de não receber o diploma. Por isso, vários estudantes apenas assinam a prova sem responder as questões, contribuindo para o rebaixamento do CPC do curso.
A punição do MEC não somente agride os docentes, a maioria doutores, como também funcionários, estudantes que almejam se tornarem jornalistas diplomados e os profissionais que se formaram na UFPA e defendem a valorização do diploma emitido por essa instituição.
O curso de Jornalismo dessa universidade é o mais antigo em atividade no Estado do Pará, desde 1978. Várias gerações de jornalistas que abastecem as redações e as assessorias de imprensa se formaram na UFPA. Por mais de duas décadas, foi o curso de Jornalismo da UFPA o único a abastecer a mão-de-obra do mercado jornalístico paraense, sendo ainda hoje o único de caráter público a cumprir essa função no Pará.
Em razão do exposto, o Sinjor-PA solicita ao MEC que reveja a suspensão do ingresso dos novos alunos no curso de Jornalismo da UFPA, bem como reavalie a metodologia de avaliação da qualidade dos cursos, antecedido de mais investimentos nessa universidade.
SINDICATO DOS JORNALISTAS DO PARÁ”
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