Publicado em: 10 de março de 2014






“Eu, PROFESSORA RIBEIRINHA, resolvi gritar por socorro.
Eu existo, meus alunos existem. Somos reais, olhem por nós.
Trabalho na cidade de Melgaço, região do Marajó, estado do Pará, segundo o IBGE, a cidade com o pior IDH do país. Tantos bilhões investidos na COPA do mundo, alguém arrisca quanto foi gasto aqui?
Em ano de Copa do Mundo, eu só desejo uma Escola de QUALIDADE.
Tanta preocupação se os campos ficarão prontos a tempo… meus alunos também estão preocupados, se HOJE terá merenda, que para muitos, é a única refeição do dia.
Tanta preocupação com o bem estar dos torcedores e turistas, cadeiras reclináveis, confortáveis… e eu não tenho nem onde sentar.
Tanta preocupação com a estrutura dos estádios, todos cobertos, preparados para as eventuais mudanças climáticas… e eu aqui, torcendo para não chover, pois o teto de palha não aguenta os fortes temporais nessa época do ano, me fazendo interromper a aula.
Como disse o Ronaldo, o fenômeno não, fenômeno somos eu e meus alunos que temos que lutar todos os dias, “Não se faz copa do mundo com hospitais” e pelo jeito, nem com ESCOLAS.
A EDUCAÇÃO grita por socorro: Governo, finge que sou COPA DO MUNDO, investe em mim!
MELGAÇO-PARÁ-BRASIL (O país da copa)
#nãovaitercopa”
Eu existo, meus alunos existem. Somos reais, olhem por nós.
Trabalho na cidade de Melgaço, região do Marajó, estado do Pará, segundo o IBGE, a cidade com o pior IDH do país. Tantos bilhões investidos na COPA do mundo, alguém arrisca quanto foi gasto aqui?
Em ano de Copa do Mundo, eu só desejo uma Escola de QUALIDADE.
Tanta preocupação se os campos ficarão prontos a tempo… meus alunos também estão preocupados, se HOJE terá merenda, que para muitos, é a única refeição do dia.
Tanta preocupação com o bem estar dos torcedores e turistas, cadeiras reclináveis, confortáveis… e eu não tenho nem onde sentar.
Tanta preocupação com a estrutura dos estádios, todos cobertos, preparados para as eventuais mudanças climáticas… e eu aqui, torcendo para não chover, pois o teto de palha não aguenta os fortes temporais nessa época do ano, me fazendo interromper a aula.
Como disse o Ronaldo, o fenômeno não, fenômeno somos eu e meus alunos que temos que lutar todos os dias, “Não se faz copa do mundo com hospitais” e pelo jeito, nem com ESCOLAS.
A EDUCAÇÃO grita por socorro: Governo, finge que sou COPA DO MUNDO, investe em mim!
MELGAÇO-PARÁ-BRASIL (O país da copa)
#nãovaitercopa”
O grito doído da corajosa professora Mayara Teixeira, verbalizado em seu perfil no Facebook, onde postou as fotos acima e, ainda, um vídeo mostrando em 360 graus a sua sala de aula, dá um aperto no coração. Mayara não é ativista política, luta por merenda e educação de qualidade para seus alunos. Precisamos dar eco a essa luta. E protegê-la da perseguição que vem a galope contra os que ousam fazer esse tipo de denúncia.
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