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A grande novidade desta semana é o anúncio do senador José Sarney(PMDB), aos 84 anos, de não mais se candidatar, depois de 60 anos de carreira política, mandando e desmandando não só no Maranhão e no Amapá como em todo o País. Alegando que o motivo é a saúde delicada de Dona Marly, sua esposa, na verdade pesou a altíssima rejeição ao seu nome no Amapá, que culminou com estrondosa vaia, hoje, em Macapá, durante a visita da presidente Dilma Rousseff. 

O governador do Amapá, Camilo
Capiberibe (PSB), deu o golpe de misericórdia, depois de cinco vaias e dos gritos de “Fora, Sarney!”.
Ao final de seu discurso, disse que as ruas do conjunto habitacional do projeto “Minha Casa, Minha Vida” que a presidente foi entregar “homenageiam bravos brasileiros” que lutaram contra a ditadura militar, como Miguel Arraes (1916-2005), avô de Eduardo Campos(
PSB), Vladimir Herzog (1937-1975), Leonel Brizola (1922-2004) e Rubens Paiva (1929-1971). E fustigou: “É preciso lembrar e reverenciar os que ousaram lutar. A senhora (dirigindo-se à presidente da República) é um exemplo, lutou, e pagou um preço alto. Existem aqueles que se aliaram aos ditadores, não podemos esquecer, o Brasil não pode esquecer, pois senão poderemos voltar a viver aqueles anos tristes”. Ninguém no Brasil ignora que Sarney apoiou o regime militar implantado em 1964.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

Um brinde à música!

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