Publicado em: 24 de novembro de 2015
Esgota nesta sexta-feira (27) o prazo judicial para que a Companhia Docas do Pará explique às autoridades ambientais como fará a retirada, transporte e qual será o destino final das carcaças de bois que ainda estão no navio Haidar, naufragado no Porto de Vila do Conde há quase dois meses. É a quinta notificação feita para a CDP e as empresas Minerva Food, Servport Serviços Marítimos e Global Agência Marítima, envolvidas no caso. O plano para a retirada dos animais foi cobrado pela Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas) desde o dia 7 de outubro. A CDP e as empresas também devem apresentar relatório ambiental diagnosticando os danos causados pelo desastre, além de projeto para a recuperação da área. Por outro lado, quase 70% do óleo que estava no navio já foi retirado.
Há pouco, o blog recebeu, via e-mail, pedido de publicação de uma carta aberta, assinada por entidades populares:
“As 11 (onze) entidades da sociedade civil que representam as comunidades mais afetadas pela tragédia do Navio Haidar, abaixo identificadas, por seus presidentes signatários, assistidas pelo seu advogado Ismael Moraes, encaminham esta Carta Aberta para conhecimento público, apoiando e reconhecendo o sério trabalho desenvolvido pelo Secretário de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Dr. Luiz Fernandes Rocha, o Secretário Adjunto, Dr. Tales Belo, e demais técnicos que tem se dedicado a enfrentar os problemas causados pelo desastre ambiental consequente do naufrágio do Navio Haidar no porto da CDP em Vila do Conde.
As medidas exigidas pelas autoridades ambientais do Estado são claramente para proteger a saúde, o meio-ambiente, e os interesses da sociedade paraense.
As empresas exportadoras de gado vivo até hoje não investiram nem um centavo no Estado do Pará para a melhoria desse comércio, e demonstram com isso que apenas visam o lucro sem qualquer consideração com as consequências socioambientais, sem compromissos de responsabilidade social, e com a mesma mentalidade de todos aqueles aventureiros que veem o Pará apenas como uma oportunidade de enriquecer, sem se importar com o nosso Estado como o lar dos paraenses.
As empresas exportadoras de gado vivo até hoje não investiram nem um centavo no Estado do Pará para a melhoria desse comércio, e demonstram com isso que apenas visam o lucro sem qualquer consideração com as consequências socioambientais, sem compromissos de responsabilidade social, e com a mesma mentalidade de todos aqueles aventureiros que veem o Pará apenas como uma oportunidade de enriquecer, sem se importar com o nosso Estado como o lar dos paraenses.
O embargo de gado vivo decretado pelo Dr. Luiz Fernandes é medida legítima, adequada e de quem defende o Pará, até que quem queira lucrar tenha a decência de investir na segurança e nas salvaguardas que evitem outras desgraças dessa atividade.
Barcarena, 24 de novembro de 2015.
Associação Mista dos Moradores do Assentamento Jesus de Nazaré
Comissão da Associação dos Moradores da Fazendinha Centro Comunitário de Vila do Conde
Associação Amigos do Bairro Industrial
Associação dos Trabalhadores Rurais do Curuperé
Associação dos Moradores do Maricá
Associação dos Moradores do Maricá
Associação dos Moradores de D. Manoel
Associação dos Moradores do Bairro de Canaã
Associação dos Barraqueiros e Comerciantes da Praia de Vila do Conde
Cooperativa de Pescadores do Furo do Arrozal – COOPAFAB
Associação dos Moradores do Bairro de Canaã
Associação dos Barraqueiros e Comerciantes da Praia de Vila do Conde
Cooperativa de Pescadores do Furo do Arrozal – COOPAFAB
FETRAF Baixo Tocantins”
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