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Durante a “Operação Nero”, a polícia civil prendeu na sexta-feira os que venderam combustível adulterado em Portel, no arquipélago do Marajó, e causaram a morte de uma criança de 12 anos e queimaduras graves em pelo menos outros quatro ribeirinhos, em explosão de lamparinas: o empresário Aldebaro Luiz Sousa Pinto, gerente do posto de combustível Cidade de Portel, e os sócios dele, os irmãos Alexandre Pinto Melo e Diogo Pinto Melo. Eles vão responder por homicídio qualificado pelo uso de fogo e explosivo, lesão corporal grave em razão do risco de morte e crimes contra a ordem econômica, ambiental e o consumidor. 

O delegado de Portel, Paulo Junqueira,  instaurou inquérito e, com base nas análises do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, em Belém, e investigação feita em parceria com o Ministério Público, constatou que houve ação deliberada na adulteração do óleo diesel vendido no posto, o que potencializou os efeitos do combustível em contato com as lamparinas, gerando as explosões. 

Em depoimento, o gerente do posto confirmou que houve o acréscimo de gasolina no diesel, mas alegou – vejam só! – que foi por “descuido”, embora tenha admitido que continuou a vender o produto, mesmo sabendo do erro. O MP estuda outras medidas judiciais contra os responsáveis pelo estabelecimento, que estão recolhidos na unidade penal em Breves.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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