Publicado em: 11 de outubro de 2017

O chefe da Divisão de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Escravo do Ministério do Trabalho, André Esposito Roston, declarou que a política de combate ao trabalho escravo estava sendo reduzida e condicionada às negociações de emendas com a bancada ruralista. Pra que! Hoje foi publicada no DOU a sua exoneração.
Segundo o Observatório Digital do Trabalho Escravo, ferramenta do Ministério Público do Trabalho e da Organização Internacional do Trabalho, só 18 operações foram realizadas em 2017. No ano passado, no mesmo período, foram 106, e em 2015, 155. Aliás, desde 2005 nenhum ano teve menos que 100 ações do tipo.
Em nota conjunta, a Comissão Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo, a Coordenadoria Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo do Ministério Público do Trabalho; a Comissão Pastoral da Terra, a Confederação Nacional dos Trabalhadores Assalariados e Assalariadas Rurais, o Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, o Instituto Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo e a ONG Repórter Brasil acusam o governo de ignorar diretriz imposta por sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos (que recentemente condenou o Brasil em caso de trabalho escravo) e de arruinar uma política pública que deveria ser prioritária do Estado brasileiro.
Comentários