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O chefe da Divisão de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Escravo do Ministério do Trabalho, André Esposito Roston, declarou que a política de combate ao trabalho escravo estava sendo reduzida e condicionada às negociações de emendas com a bancada ruralista. Pra que! Hoje foi publicada no DOU a sua exoneração. 

Segundo o Observatório Digital do Trabalho Escravo, ferramenta do Ministério Público do Trabalho e da Organização Internacional do Trabalho, só 18 operações foram realizadas em 2017. No ano passado, no mesmo período, foram 106, e em 2015, 155. Aliás, desde 2005 nenhum ano teve menos que 100 ações do tipo. 

Em nota conjunta, a Comissão Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo, a Coordenadoria Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo do Ministério Público do Trabalho; a Comissão Pastoral da Terra, a Confederação Nacional dos Trabalhadores Assalariados e Assalariadas Rurais, o Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, o Instituto Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo e a ONG Repórter Brasil acusam o governo de ignorar diretriz imposta por sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos (que recentemente condenou o Brasil em caso de trabalho escravo) e de arruinar uma política pública que deveria ser prioritária do Estado brasileiro.   
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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