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Foto: Paulo de Tarso Moreira Oliveira
O Ministério Público Federal ajuizou ação para que o Ibama e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) fiscalizem a garimpagem ilegal na terra indígena Munduruku, no sudoeste do Pará, sob pena de multa diária de R$ 10 mil.
Denúncias comprovadas pelo MPF em vistorias apontam uma série de impactos socioambientais provocados pelos garimpos, entre eles a redução da pesca, contaminação por mercúrio e outros problemas à saúde, aos costumes e à organização social dos Munduruku, como o consumo de alimentos industrializados, de bebidas alcoólicas e drogas, e ainda prostituição. R
ios têm seus percursos alterados, vegetações são extintas e animais fogem ou morrem por causa dos danos irreparáveis ao ecossistema.

Conforme lideranças indígenas, os garimpeiros estão abrindo uma estrada e a extração de minério está sendo feita até por funcionários públicos, que também tentam convencer os índios a liberarem áreas para novos garimpos. 

​​No final de 2017, após a Funai dar ultimato para a saída dos garimpeiros, eles teriam dito que vão resistir a tentativas de expulsão e enfrentar até mesmo a Polícia Federal.
O processo nº 0000172-57.2018.4.01.3908 tramita na 1ª Vara da Justiça Federal em Itaituba (PA). 
Leiam aqui a ação na íntegra e façam aqui o acompanhamento processual.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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