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Cerca de 180 agentes da Polícia Federal cumpriram, hoje cedo,  23 mandados de busca e apreensão, 2 de prisão temporária e 5 de condução coercitiva, em Brasília, Rio de Janeiro, Niterói, São Paulo e Barueri. O foco das investigações são contratos firmados por empresas envolvidas na Operação Lava Jato com a Eletronuclear, subsidiária da Eletrobras, cujo controle acionário é da União. A empresa foi criada em 1997 para operar e construir usinas termonucleares e responde hoje pela geração de cerca de 3% da energia elétrica consumida no País.
Estão sendo apurados nesta fase a formação de cartel e o prévio ajustamento de licitações nas obras de Angra 3, além do pagamento indevido de vantagens financeiras a empregados da estatal. 

Os presos estão na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde permanecerão à disposição da 13ª Vara da Justiça Federal.  Um deles é o diretor-presidente licenciado da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva, já afastado do cargo em abril deste ano, quando surgiram denúncias de pagamento de propina a dirigentes da empresa.
O outro é Flávio David Barra, executivo da Andrade Gutierrez. Ambos foram detidos no Rio de Janeiro. A prisão temporária tem prazo de cinco dias e pode ser prorrogada pelo mesmo período ou convertida em preventiva, sem prazo pré-determinado.

Já é um começo para dar um basta à impunidade que, de mãos dadas com a corrupção, assola o Brasil há séculos, gerando todo tipo de mazelas. Melhor do que a prisão é que os corruptos e corruptores sejam obrigados a devolver o dinheiro desviado aos cofres públicos com juros e correção monetária, somado a multas milionárias. Só prender não resolve, até porque, com excelentes advogados, logo sairão da cadeia.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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