Publicado em: 26 de agosto de 2025
Sou neta de trabalhadores rurais analfabetos e a primeira da minha família a conquistar um diploma universitário. O caminho não foi fácil: enfrentei obstáculos que, muitas vezes, pareciam intransponíveis. Ainda assim, segui firme, cursando duas faculdades ao mesmo tempo — Letras e Direito — movida pela convicção de que a educação é capaz de transformar destinos.
Minha história é marcada pela persistência e pela superação. Nada veio por acaso, nada veio por privilégio: cada conquista nasceu do esforço, da disciplina e da coragem de não desistir.
*A importância da representatividade*
Sei, pela própria experiência, a importância das cotas raciais como instrumento de justiça e reparação histórica. Representam a possibilidade de abrir portas para tantos que, como eu, nasceram em realidades onde os sonhos pareciam distantes.
Também compreendo a relevância da presença feminina em espaços de poder. Não se trata apenas de ocupar cadeiras, mas de trazer novas perspectivas, vozes e sensibilidades para a construção de uma Justiça mais humana e próxima da sociedade.
*Compromisso com a Justiça*
Minha visão é clara: um tribunal precisa ser plural, célebre e transparente. A sociedade espera julgamentos éticos e justos, e acredito que a diversidade é um dos caminhos para que isso se concretize.
Minha trajetória pessoal e profissional reflete exatamente esse compromisso: lutar por um Judiciário que represente a todos e que seja instrumento de transformação e confiança.
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