Entrou em ebulição a política paraense. Amanhã é o Dia D.
No início, o PT ficou assistindo de camarote, algo divertido, a disputa no PMDB. Martinho Carmona contava com o apoio da deputada Simone Morgado e de Chicão – que teria inclusive garantido que pediria exoneração da Seop só para ir votar nele – e com o G-8, além do PTB, PDT e PSC. E assim foi para a China, acreditando nas promessas de que nada aconteceria em sua ausência. Quando chegou, Domingos Juvenil estava proclamado candidato único.
O PMDB suspeitou, então, que o PT faria corpo mole, e não sossegou até conseguir declaração pública de apoio, com direito a fotos da adesão nos jornais.
Tudo parecia caminhar para a chapa única, costurada e bordada com esmero.
Mas… quando a governadora descobriu que, desde a escolha de Cezar Colares para o TCM, já havia uma aliança PSDB/PMDB, valendo para a Mesa e, é lógico, para 2010, o caldo entornou. Não é que Ana Júlia Carepa deteste tanto o PSDB que vete a sua participação. O problema é que ela finalmente entendeu que a união desses partidos significa a sua morte política – e de sua bancada também – além do encurtamento, desde já, de seu governo.
Como se diz, caiu a ficha: uma relação paralela havia se instalado, e aquela agonia de ser a última a saber fê-la tomar a única atitude que julgou digna e possível: denunciar ter sido traída e reagir à altura.
Só que… a governadora está lidando com lideranças muito experientes no jogo político, verdadeiras raposas felpudas. Resta saber se conseguirá tomar as rédeas da situação e fazer o xeque-mate.
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