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A violência nossa de cada dia, dia após dia, continua em pauta. Ontem, quem estava na Av. Visconde de Souza Franco, em Belém do Pará, e no supermercado Líder da Doca, viveu momentos de terror. De repente, começou um tiroteio. As pessoas correram para se proteger do jeito que podiam: amontoadas nas escadas fixas, dentro dos carros nos estacionamentos e até no elevador. Moradores das redondezas que identificaram os sons entraram em pânico e os que confundiram com fogos de artifício ficaram intrigados.   Muitos acharam que a loja estava sob ataque, depois se falou em tentativa de assalto e sequestro de cidadãos que passavam em frente à garagem do supermercado. Identificaram até um suposto comparsa que estaria de tocaia na rua Boaventura, em frente ao bar Vegas. 

O episódio é mais um a ilustrar a insegurança que aflige todos nós. Eu confesso que pouco saio de casa, com medo de assaltos e balas, perdidas ou certeiras. Tempos estranhos estes, em que a cidadania é aprisionada enquanto a bandidagem está à solta roubando e matando. Tempos incríveis, em que as pessoas ficam mudas e quedas até que sejam atingidas pela violência, que não escolhe cor nem posição social. Tempos sombrios, nos quais a lei é rasgada e ninguém faz algo eficaz e eficiente para dar um basta.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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