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O
tráfico de pessoas é o recrutamento, transporte, transferência, alojamento ou o
acolhimento de pessoas, recorrendo a ameaça ou uso da força ou a outras formas
de coação, ao rapto, à fraude, ao engano, ao abuso de autoridade, a situação de
vulnerabilidade ou à entrega ou aceitação de pagamentos ou benefícios para
obter o consentimento de quem tenha autoridade sobre outra, para fins de
exploração. Segundo a Organização Internacional do Trabalho, é uma das
atividades criminosas mais lucrativas: faz cerca de 2,5 milhões de vítimas e
movimenta US$32 bilhões por ano. Só o tráfico de órgãos humanos rende cerca de
dez milhões de dólares por ano (7,75 milhões de euros).
Dados do
Ministério Público do Trabalho revelam que o Brasil ainda tem cerca de 20 mil
trabalhadores em condição análoga à escravidão e o combate à prática criminosa não
é suficiente.
O
contingenciamento dos investimentos públicos na área da assistência social,
saúde, educação e segurança pública mantém a desigualdade social,  causa vulnerabilidade e favorece o crescimento
do tráfico de pessoas.
A
corrupção impede o atendimento com dignidade das vítimas, assim como a devida
apuração e punição dos criminosos. O desprezo e desrespeito às vítimas fere de
forma bárbara sua dignidade e direitos humanos inalienáveis com atos que
ultrajam a consciência da humanidade.
As
mazelas sociais dizem respeito a cada um de nós. A omissão é conivência. Não podemos fechar os olhos e achar que o problema é dos outros. Temos que denunciar e cobrar das instituições e governantes a ação necessária.
E escolher com muito cuidado quem nos representa. 
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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