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Foi bonito, pá. Criado há cerca de 300 anos em Cachoeira do Piriá, o Quilombo de Camiranga apresentou o Tambor de Crioula, dança caracterizada pela umbigada, herança dos escravos, que trabalhavam o dia todo e, à noite, mesmo cansados, cantavam e dançavam para renovar suas energias. A comunidade é formada por cerca de 650 pessoas e vive basicamente da agricultura, com plantio de milho, arroz e mandioca. 
O Quilombo de Maú, de Cametá, mostrou o Banguê Cinco de Ouro. No Baixo Tocantins, banguê denomina conjunto instrumental típico e também dança, uma espécie de samba. As cantigas de banguê podem ser entoadas por até quatro vozes, e o povo dança, ora solto, ora de rosto colado e quadris afastados.
Já o Quilombo de Umarizal, de Baião, exibiu o Samba de Cacete, variação coreográfica da Dança dos Pauliteiros, de Portugal, em que os dançarinos simulam luta de cacete. No Pará, é possível encontrar esta manifestação nos municípios de Cametá e Baião, em comunidades remanescentes de quilombos do Baixo Tocantins. É considerada a mais bela e tradicional manifestação cultural destes povos. O ritmo começa lento e vai crescendo, acelerado. Sua marca única é a execução nos tambores coadjuvada pelo uso de cacetes.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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