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Vejam só que legal: o Conquistando
a Liberdade
, projeto de reinserção social executado no Pará, concebido pelo
juiz Deomar Barroso, chamou a atenção do CNJ e agora a iniciativa virou modelo a
ser implantado em todo o País.
Funciona
assim: presos que não oferecem perigo à sociedade fazem mutirões e, com material
doado pela iniciativa privada, reformam logradouros públicos tais como praças,
escolas, postos de saúde, delegacias e até templos religiosos. Antes, todos passam
por uma seleção psicossocial e treinamento. O projeto proporciona a remição da pena (para cada três dias trabalhados, o tempo de cadeia é reduzido em um dia).
Mas é nas escolas públicas que acontece um dos momentos mais
importantes, quando o preso tem a chance de se tornar agente de transformação
social ao contar sua história de vida aos estudantes. Com uma dinâmica de grupo
batizada Papo di Rocha (gíria parauara
que significa conversa direta), eles falam abertamente sobre drogas e o submundo
do crime, um modo cru de mostrar um caminho perigoso, com fim invariavelmente
trágico e que não tem volta. A dinâmica tem sempre como mediador um pedagogo ou
psicólogo da unidade prisional onde o interno está tutelado.
O projeto Conquistando
a Liberdade
vem sendo realizado nos municípios de Abaetetuba, Capanema,
Marabá, Marituba, Mocajuba, Paragominas, Salinopólis, Santa Izabel e Tomé-Açu. Este
ano, serão incluídos Belém, Cametá, Castanhal, Bragança, Tucuruí, Altamira e
Redenção.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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