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O deputado Manoel Pioneiro (PSDB) deve aproveitar a situação de crise em que recebeu a presidência da Alepa para passar à História como o que conseguiu saneá-la.
Parlamentares e servidores, em sua maioria, são honestos e, por isso mesmo, precisam ser desagravados num momento em que há tantas denúncias de ilícitos a apurar.
A investigação completa e a punição rigorosa dos culpados, com devolução do dinheiro público desviado, tem dupla função: revela à sociedade o joio e o trigo, e que o Legislativo é capaz de se depurar e cumprir à risca os princípios constitucionais da administração pública: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
Tudo precisa ser passado a limpo, em atuação conjunta do MPE, MPT e MPF. Não dá para simplificar as coisas com uma mera sindicância ou mesmo Processo Administrativo Disciplinar. Há muito o que esclarecer, em benefício da própria respeitabilidade do Poder.
No plano da folha de pessoal, falsificação de contracheques próprios, contracheques de mortos, contracheques de laranjas, divisão salarial (com dublê de corpo: um na Alepa e outro em local diverso, que pode ser órgão público ou empresa privada); servidores fantasmas, salários de marajás; efetivados na marra; progressão funcional (não existe em lei); e acúmulo ilegal de gratificações são apenas a ponta de um imenso iceberg que remonta a décadas.
Na esfera administrativa e financeira: atuação de lobistas, licitações e contratos de Vale Alimentação e Vale Combustível, prestação de serviços de limpeza e conservação; fornecedores de equipamentos, suprimentos, peças, assistência técnica de informática; serviços de manutenção de elevadores; de móveis e material de expediente.  

Defendo que todos os órgãos de fiscalização passem um pente fino na Alepa, em todas as Câmaras Municipais e nas Prefeituras do Pará.  São as nossas esperanças de dizer com dignidade que somos paraenses e que sabemos exigir e fazer valer nossos direitos de cidadãos.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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