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Um espaço vivo, atento às questões da rua e da possibilidade e exercício de novas linguagens nas artes. É assim Museu do Estado do Pará, muito bem dirigido pelo artista plástico Sérgio Melo, cuja gestão abriu as portas do lindo palácio Lauro Sodré (antigo palácio do governo) à população, democratizando o acesso popular às artes e aproximando os artistas do público.  


Na quinta-feira passada, por exemplo, o MEP ofereceu o espetáculo de dança “Noite Flamenca”, em seu jardim interno. Uma brisa gostosa farfalhava os galhos das palmeiras e as flores, destacadas pela iluminação cênica. A eclética plateia,  formada por idosos, adultos, jovens e crianças, acomodada em cadeiras nas  laterais, assistia educadamente à dança, aos acordes da guitarra espanhola e às castanholas, cajons, palmas e sapateados em ritmo frenético no tablado. Na entrada e na saída, todos podiam visitar livremente a mostra “Retumbante Natureza Humanizada”, de Luiz Braga. passeando pelas quase 130 imagens – coloridas e em preto e branco – produzidas entre 1976 e 2014, que impressionam sobretudo pela luz.


Muita gente ainda não sabe, mas o Museu do Estado do Pará oferece uma vasta programação, totalmente gratuita, que inclui o programa “Bravíssimo!” – com música (da erudita à popular), canto e dança -, exposições de arte (sacra e plástica), envolvendo fotografia, pintura, escultura, mobiliário da época imperial -, eventos  e cursos livres abrangendo teatro, cinema, história do Pará, biografias, museologia, patrimônio cultural, antropologia e arqueologia, além do projeto “Troca-troca de leitura”, da biblioteca Antônio Landi, o Cine MEP uma vez por mês, o Programa Roda da Memória, que mostra trabalhos importantes produzidos por artistas locais, a participação no  Projeto Circular, oficinas, palestras e apresentações artísticas de diversos estilos, tais como street dance, e ainda o Festival Amazônia Mapping, de pesquisa e circulação de trabalhos sobre artes visuais, tecnologia e espaço urbano. 

 A idealização é da Secretaria de Estado de Cultura e Sistema Integrado de Museus e Memoriais. Além de dar maior visibilidade aos artistas, representa uma grande oportunidade para o incentivo e fomento à cultura como força social transformadora, de interesse coletivo. 


O MEP fica na Praça D. Pedro II, na Cidade Velha. Aproveitem!

Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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