Publicado em: 1 de setembro de 2025
Ninguém pode, em tese, usar as árvores para pendurar rede, slackline, tecidos, cordas, placas e afins. Em geral só é permitido esse uso nos espaços públicos em áreas e equipamentos específicos. Mas ontem esse cidadão estacionou sua moto e atou uma rede na orla de Belém, no Portal da Amazônia.
O vento estava ótimo e a sombra idem. Na paisagem, canoas, rabetas, po-po-pôs e outros barcos regionais singrando o rio Guamá, que banha a capital parauara.
É de se imaginar o caos se todo mundo resolver atar sua rede ali. Mas a imagem remete à possibilidade – e necessidade! – de a população aproveitar os espaços públicos, com sentimento de pertencimento, usufruindo deles sem provocar danos.
Lembrei que há muitos anos o músico, cantor, compositor, poeta, produtor musical e videomaker Almirzinho Gabriel atou sua rede e deitou nela sob as árvores da Praça da República, num ato político-cultural marcante.
Os lugares públicos estão cheios de assaltantes justamente porque a população não os ocupa. Que tal se o Estado garantir a segurança, a fim de que as famílias locais e os turistas os frequentem, como deve ser?
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