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Em pronunciamento oficial e entrevista coletiva há pouco, a presidente Dilma Rousseff se disse injustiçada mas disposta a lutar por seu mandato. Visivelmente abatida – por vezes parecia que iria cair no choro – ela conseguiu se controlar, comparou as torturas que sofreu na época da ditadura com a sua situação atual e declarou ter planos de reformular seu governo. De quebra, falou que os que votaram contra ela estão fora de seu governo. Recado mais direto a alguns ainda ministros é impossível.

Renan Calheiros – aquele que afirma que não manchará sua biografia – sinalizou que no Senado o processo de impeachment não correrá tão célere. A comissão deverá ser instalada só na semana que vem. Mas é provável o acatamento do processo em plenário já em 10 de maio e que Dilma seja afastada logo em seguida, por 180 dias. E tudo poderá ser concluído em setembro, quando, aliás, quem presidirá o STF – e o julgamento final de Dilma -, será a ministra Carmem Lúcia. Que, como se sabe, não tem o perfil do ministro Ricardo Lewandowski, simpático ao PT. E Dilma precisará então de 28 votos para não sofrer o impeachment. Hoje só tem 22.

Por outro lado, é revoltante o clima de pizza no ar quanto ao processo contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, no Conselho de Ética. Ele manobra para se beneficiar com uma punição leve, de apenas suspensão, e não cassação do mandato. Se isso acontecer será um escândalo internacional.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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