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“O Sindicato dos Jornalistas no Estado do Pará (Sinjor-PA) repudia veementemente a violência sofrida pelos jornalistas Andersen Luiz Arantes Neto (repórter), Antônio Marcos Sales (repórter cinematográfico) e Mickael Rodrigues dos Santos (repórter fotográfico) em Redenção. Eles foram agredidos pelo atual prefeito do município e candidato à reeleição pelo PMDB, Carlo Iavé Furtado de Araújo, durante gravação do programa político da Coligação “Redenção Pode Mais”, que apoia o candidato Mário Moreira (PSDB) para a Prefeitura Municipal de Redenção. 

A equipe estava em pauta gravando sonoras de apoio e entrevistas espontâneas no bairro Vila das Pedras, e entrevistava uma eleitora de Mário Moreira, ex-prefeito de Redenção, quando foi surpreendida com a chegada do atual gestor municipal, acompanhado por mais duas pessoas. Ao se aproximar dos jornalistas, Carlo Iavé questionou duas vezes a entrevistada se estava sendo coagida a falar mal dele. A senhora respondeu que não e que estava falando sobre o candidato Mário Moreira. 

De repente, o prefeito desferiu um chute para atingir o cinegrafista e um soco no fotógrafo e repórter, resultando numa grande confusão, incluindo falta de respeito à idosa de 82 anos, juntamente com sua filha de 50 anos, que estavam concedendo a entrevista para o programa eleitoral.
Ievé chegou a ir para o carro e mencionou pegar uma arma quando assessores o interpelaram e ainda assim saiu correndo uma segunda vez atrás da equipe, quando tropeçou, caiu no chão e machucou sua própria mão. 

Os jornalistas fizeram boletim de ocorrência, a coligação política solicitou providências por parte das autoridades de Segurança Pública e reforçou a segurança particular dos profissionais, que vêm recebendo ameaças pelas redes sociais e aplicativos de mensagens. 

O Sinjor-PA repudia toda e qualquer iniciativa de impedir o direito ao exercício do profissional jornalista, bem como não admite de nenhuma forma a violência contra jornalistas. Portanto, esse é mais um caso de violência contra jornalista que integrará o Relatório de Violência contra Jornalista editado anualmente pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj). De acordo com o Relatório de 2015, os políticos, assessores e parentes ocupam o segundo lugar dos principais agressores dos jornalistas, com 15,33% dos casos registrados. Em primeiro lugar vêm os policiais militares com 20,44% dos casos e, em terceiro lugar, os manifestantes com 13,87%. 

O Sinjor-PA se solidariza com os jornalistas agredidos e coloca sua assessoria jurídica à disposição para orientações, assim como enviará ofício à Secretaria de Estado de Segurança Pública (Segup) solicitando rigor na apuração dos fatos para que o responsável seja punido.”
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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