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A SDDH lamenta o resultado contraditório no
julgamento do tribunal do júri, realizado entre nos dias 03 e 04 de abril, na
cidade de Marabá (PA), que levou ao banco dos réus os executores e o mandante
do assassinato de José Cláudio e Maria do Espírito Santo e se solidariza com os
familiares, amigos e companheiros de luta das vítimas e de todos os militantes
que acompanharam este julgamento na luta por justiça.
O
julgamento levou ao banco dos réus dois acusados de terem sido os executores e
que foram, nesta ocasião, condenados. Já o acusado de ser o mandante, José
Rodrigues Moreira, foi absolvido pelo assassinato do casal de ecologistas.
A
absolvição do acusado de ser o mandante dos crimes é mais um caso de impunidade
que envolve conflitos agroambientais, o que não é raro no estado do Pará: há 57
assassinatos de defensores de direitos humanos pendentes de julgamento. Isso
revela o quanto é difícil a responsabilização de executores, intermediários e
principalmente dos mandantes, pois estes, em sua grande maioria, são pessoas temidas
pela comunidade e, não raro, possuem o poder político e econômico na região e
acabam usando este poder de diversas maneiras, seja fazendo conluios com os
intermediários e executores para que os livrem e os inocentem, seja
influenciando ou ameaçando testemunhas, ou ainda influenciando ou ameaçando até
os jurados, além de, em muitos casos, terem ligações nada republicanas com
setores do poder público.
Nos
últimos 30 anos, centenas de pessoas, entre mandantes, intermediários e
pistoleiros estão envolvidas em casos de assassinatos no Pará. Porém, somente
se registram pouquíssimas condenações criminais, principalmente de mandantes
como os de: (1) Jerônimo Alves de Amorim, (2) Adilson Laranjeira, (3) Vantuir
Paula, (04) Bida, (05) Regivaldo Pereira Galvão e (06) José Edmundo Vergolino.”

*A Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH) é uma
organização não governamental que, há 35 anos, atua na Amazônia em defesa da
igualdade e por um mundo melhor e mais justo.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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