Publicado em: 10 de outubro de 2016

O Ministério Público Federal vai monitorar preventivamente a qualidade da educação voltada a comunidades ribeirinhas, de modo a garantir um padrão de ensino que valorize os conhecimentos tradicionais e necessidades locais e que garanta eficiência na aplicação dos recursos por meio de planejamento, transparência e controle dos gastos.
O procurador da República Patrick Menezes Colares está preparando questionários que serão enviados às prefeituras de Muaná, Chaves e Melgaço, o município com pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do País.
Simultaneamente, será executada uma varredura de dados sobre a destinação, aos municípios, de recursos federais ou bens para a educação, como os do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), entre outros, e se houve alguma destinação destacada destes recursos à educação ribeirinha.
Também serão levantadas informações sobre ocorrências de discriminação étnica contra alunos, a frequência e a capacitação de professores, transporte e gestão escolar, acessibilidade dos prédios e programas de inclusão, além de atendimento a programas federais.
Caso as respostas apontem o descumprimento ou a execução deficiente ou irregular de políticas de educação ribeirinha, os prefeitos terão que justificar os motivos das desconformidades e relatar quais as medidas administrativas efetivamente tomadas para sanar os problemas, além de apresentar o cronograma para a solução das pendências e informações sobre recursos aplicados.
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