Publicado em: 6 de fevereiro de 2014
O deputado estadual Edmilson Rodrigues (PSOL-PA) e o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) – não são parentes, só do mesmo partido, é bom que se diga – vão protocolar hoje uma representação junto à Procuradoria Geral da República, em Brasília, pedindo providências contra a Infraero em relação ao caos aéreo instalado no Aeroporto Internacional de Belém. O deputado federal Arnaldo Jordy (PPS/PA) também vai exigir do governo federal explicações sobre as condições da pista do aeroporto Júlio César, conhecido popularmente como Val-de-Cães.
Incontáveis voos já foram cancelados ou chegam e saem atrasados porque as aeronaves perdem a capacidade de frenagem quando a pista está molhada.
E até agora a Agência Nacional da Aviação Civil (ANAC) e a Infraero não tomaram providências para a superação do grave problema, que transtorna a vida de milhares de pessoas. Sequer dão informações, em claro desrespeito aos cidadãos.
Incontáveis voos já foram cancelados ou chegam e saem atrasados porque as aeronaves perdem a capacidade de frenagem quando a pista está molhada.
E até agora a Agência Nacional da Aviação Civil (ANAC) e a Infraero não tomaram providências para a superação do grave problema, que transtorna a vida de milhares de pessoas. Sequer dão informações, em claro desrespeito aos cidadãos.
No início de janeiro, em único dia, mais de 60 voos atrasaram. Uma aeronave da TAM chegou a ter o pouso autorizado pela torre de controle, mas arremeteu segundos antes de começar a taxiar, por causa da forte chuva. O pouso só aconteceu em São Luís do Maranhão. Toda a imprensa vem noticiando o prejuízo causado aos passageiros. A TAM afirma que a pista não oferece a segurança necessária para a realização de pousos e decolagens durante as constantes chuvas, embora a Infraero tenha aplicado R$5,6 milhões em dezembro numa reforma da pista.
Ontem, Edmilson apresentou moção na Alepa a fim de que o MPF apure a responsabilidade da Infraero. O assunto também será levado ao Senado por Randolfe, que pedirá uma audiência pública na Comissão de Meio Ambiente, Fiscalização e Controle, diante da falta de informações por parte das companhias, Infraero e Anac em face aos desvios frequentes de voos para outras localidades, como São Luís e Macapá, falta de alimentação e acomodação e longas filas de espera para embarque, além, óbvio, do perigo para as vidas dos usuários do transporte aéreo.
Clientes acompanhados de crianças, idosos e pessoas com deficiência são os mais afetados pelos transtornos, que já resultaram em protestos no saguão do aeroporto.
No último dia 11, uma senhora de 70 anos, hipertensa e diabética, esperava há mais de 24 horas por um voo da TAM. Para piorar a situação, remédios específicos para seu tratamento já haviam sido despachados em outro voo, demonstrando a desorganização do serviço. A empresa alegou que “lâminas d’água” na pista não ofereciam condições operacionais de pouso e que as taxas de remarcação ou a diferença de tarifa deixariam de ser cobrados, como isso se fosse suficiente. Naquele dia, dezenas de voos foram cancelados ou atrasados. A maioria das reclamações foi registrada em relação à TAM.
No último dia 11, uma senhora de 70 anos, hipertensa e diabética, esperava há mais de 24 horas por um voo da TAM. Para piorar a situação, remédios específicos para seu tratamento já haviam sido despachados em outro voo, demonstrando a desorganização do serviço. A empresa alegou que “lâminas d’água” na pista não ofereciam condições operacionais de pouso e que as taxas de remarcação ou a diferença de tarifa deixariam de ser cobrados, como isso se fosse suficiente. Naquele dia, dezenas de voos foram cancelados ou atrasados. A maioria das reclamações foi registrada em relação à TAM.
Entre dezembro e maio, os índices pluviométricos na Amazônia aumentam exponencialmente, ficando entre os mais altos do mundo. Acontece que isso não é um fato de janeiro deste ano, e a Infraero precisa se explicar e, mais do que isso, resolver o problema. Comandantes da TAM argumentam que estariam comprometidos os sistemas de escoamento do aeroporto de Belém, o que a Infraero nega, pois as outras companhias operaram normalmente nos dias em que a TAM evitou pousos e decolagens, supostamente atendendo a padrões internacionais de operacionalidade.
Enquanto isso, o respeito aos direitos do consumidor e à cidadania vão literalmente para o esgoto. E ninguém faz algo. Uma vergonha.
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