Publicado em: 8 de agosto de 2025
O ato de encerramento da campanha de Jarbas Vasconcelos rumo ao Desembargo no Tribunal de Justiça do Pará foi apoteótico, ontem à noite. A presença maciça de advogadas e advogados de todas as idades e de diferentes áreas e trajetórias culminou com a adesão da advogada Kelly Garcia, presidente da Comissão de Gênero e Violência Doméstica do IBDFAM e forte liderança feminina, também candidata ao TJPA pelo Quinto Constitucional. O presidente da OAB-PA, Sávio Barreto, e boa parte dos conselheiros e presidentes de comissões seccionais e subseções estavam presentes para prestar apoio ao advogado, ex-presidente da OAB-PA por dois mandatos consecutivos, conselheiro federal, ex-secretário de Estado de Igualdade Racial e Direitos Humanos, e de Administração Penitenciária do Pará, pesquisador e professor de Direito. Presenças icônicas de Ana Júlia Carepa, a primeira e única mulher a governar o Pará; de Betânia Fidalgo, reitora da Unama, presidente do Conselho Estadual de Educação, diretora regional do Grupo Ser Educacional, presidente da Fundação Escola do Legislativo do Pará e membro da Academia Paraense de Letras, que apesar de não ser advogada é uma líder admirada e respeitada e seu apoio decisivo.
Ao agradecer a cada um(a) que fortaleceu sua caminhada, Jarbas lembrou que é de Monte Alegre, na região do baixo Amazonas, veio do interior do Pará há 37 anos e construiu sua vida na advocacia. Viveu na pele as dificuldades que a maioria absoluta da classe enfrenta: a luta diária, as audiências, a defesa das prerrogativas. Foi vítima de violentos ataques racistas. Ouviu de pessoas preconceituosas que ser presidente da OAB não é para preto nem para pobre. Chamaram-no de “macaco dentro de uma loja de cristais”, quando presidente da Ordem.
O Pará é o quarto estado com mais comunidades quilombolas do Brasil. A maioria da população da Amazônia é negra. A história do Pará é preta. E como advogado, presidente da OAB-PA e Secretário de Estado, Jarbas teve a oportunidade e atuou com firmeza na defesa da igualdade racial e no combate ao racismo estrutural.
“Minha história é feita de chão de fórum, de sapato furado, de porta de cartório, de luta com dignidade. Eu sei o que é abrir um escritório sem estrutura. Eu sei o que é advogar com dificuldade. E é por isso que eu carrego e continuarei carregando a beca no peito, mesmo quando tiver a oportunidade vestir a toga. Se for da vontade da advocacia paraense, no Quinto Constitucional, o que vocês terão não é um desembargador distante. É um colega. Alguém que viveu, sentiu e enfrentou a mesma realidade que milhares de advogados e advogadas vivem todos os dias. A minha história é a história de muitos. E é com ela que eu quero ser a voz da advocacia no Tribunal”, sintetizou, em um discurso propositivo, sem desmerecer os concorrentes.
No início da campanha, Jarbas divulgou uma carta-compromisso que surgiu da escuta da classe, do convívio nos fóruns, do olhar atento aos que mais enfrentam barreiras no sistema de Justiça. Cada linha tem por trás uma causa, uma urgência, uma história vivida ao lado da advocacia paraense, pacto que pretende levar ao Tribunal: defesa intransigente do direito de defesa, valorização da jovem advocacia; compromisso com o interior e com a diversidade territorial; julgamento com perspectiva de gênero e raça; um gabinete acessível, aberto e com escuta ativa; uma Justiça viva, plural e democrática.
Jarbas participou da criação do Cadastro Nacional de Violadores de Prerrogativas e foi o primeiro paraense a presidir a Comissão Nacional de Prerrogativas da OAB. No CFOAB, ao comando de Cláudio Lamachia, implementou a Caravana Nacional das Prerrogativas, que visitou todos os estados brasileiros.
Mestre em Direitos Fundamentais, doutor em História do Direito, criou a Cojade, a Comissão de Defesa dos Animais e o Instituto do Desagravo Público Presencial.
No dia 11 de agosto, a advocacia do Pará vai escolher seu representante no Tribunal de Justiça. Que vença o melhor!








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