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Belém está às vésperas de seus 396 anos. No ano passado foi inaugurada com pompa
e circunstância a restauração do Palacete Pinho, considerado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional (Iphan) um dos exemplares mais
característicos que marcaram, nos fins do século XIX, o ápice econômico do

Ciclo da
Borracha
. Está literalmente entregue
às baratas
, porque o prefeito Duciomar Costa não foi capaz de abrir as
portas do lindo prédio sequer para abrigar manifestações culturais.
A Igreja do Carmo foi tombada em
1941 e seu teto e colunas estão cheias de infiltrações. O Cemitério da Soledade
foi tombado em 1964 e, depredado, virou antro de bandidagem. O Solar do Barão
de Guajará, na Praça D. Pedro II, tombado em 1950, está fechado há muitos anos
e ninguém sabe que fim levou seu
patrimônio. A Igreja do Carmo foi tombada em 1941 e está com sua estrutura
comprometida pelas infiltrações que ameaçam derrubar o teto e destruir suas
pinturas. O Palácio Velho, na Frei Caetano Brandão, tombado em 1944, é outro
exemplo de descaso com o patrimônio histórico, artístico e cultural da cidade. O
centro histórico de Belém é tombado, mas a maioria das casas está abandonada,
caindo aos pedaços.
É preciso que o MP cobre e o TJE-PA
obrigue o cumprimento das responsabilidades da Prefeitura de Belém. E que toda
a sociedade se uma para proteger a memória de Belém, que não pode ser apagada
pela falta de consciência de seu gestor. 
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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